O "reajuste-surpresa" dos preços dos combustíveis nesta semana com altas de até R$ 0,50 no litro da gasolina e de R$ 0,20 no álcool motivou um intenso protesto pelas ruas do bairro Tarumã, em Curitiba, na tarde de ontem.
Por volta das 16 horas, mais de cem veículos já faziam fila na Avenida Victor Ferreira do Amaral, parando nos postos para abastecer o equivalente a R$ 0,50, pagar com cartão de crédito ou débito e exigir nota fiscal. O protesto foi organizado por redes sociais na internet. "Os donos dos postos precisam ver que a população não vai deixar ficar assim", disse o coordenador do movimento, o autônomo Leandro Fachin, 25 anos.
Além do congestionamento na avenida, um buzinaço tomou conta dos postos. Alguns funcionários de postos reagiram com bom humor, outros se revoltaram. "Nós, que trabalhamos no posto, não temos culpa. Eu trabalho aqui e sei que meu patrão está sempre no vermelho", disse uma funcionária.
Alguns estabelecimentos se recusaram a abastecer por R$ 0,50. Fachin pretende encaminhar ao Procon-PR os nomes dos postos que não fizeram o atendimento e que não entregaram nota fiscal.
"Perturbação do sossego"
Em um dos postos os manifestantes foram abordados por policiais militares, que avisaram a manifestação poderia ocorrer livremente, desde que não perturbasse a ordem. Um dos policiais anotou uma série de placas para preparar multas por perturbação do sossego.
Multa aos postos
O forte reajuste dos preços, em centenas de postos e às vésperas do feriadão, motivou Procon-PR e Ministério Público (MP-PR) a aplicar, na quinta-feira, uma multa de quase R$ 1,2 milhão ao Sindicombustíveis-PR, representante dos postos.
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