Engana-se quem pensa que para entrar em uma empresa multinacional é necessário investir rios de dinheiro em formação acadêmica.
Não é preciso ter pai rico para ter o futuro "garantido", mesmo porquê ninguém nesse mundo tem garantia de sucesso. A única coisa que o sujeito precisa é de muita determinação, combinada, é claro, com um perfil comportamental adequado para o cargo almejado.
Conheça a história de Flávio que, apesar de todos os contras, conseguiu crescer profissionalmente numa multinacional.
Flávio é filho de taxista. Desde pequeno era muito dedicado e estudioso. Sempre estudou em escolas públicas, já que sua família não tinha condições para investir em educação privada para os filhos. Mesmo assim, ele sempre se destacou, tanto por suas notas, quanto pelo seu comportamento. As suas professoras sempre o elogiavam, dizendo que o garoto só entregava um trabalho quando tinha certeza que estava bom. Enquanto os colegas saíam da sala de aula para ter mais tempo de intervalo, Flávio permanecia o tempo que fosse necessário para executar suas tarefas da melhor forma possível.
Quando prestou vestibular, passou em Administração de Empresas na USP, onde desenvolveu um currículo acadêmico invejável e criou boas redes de relacionamento. No mesmo ano de sua graduação, foi aceito como trainee numa multinacional em São Paulo, onde, pouco tempo após concluído o processo, foi promovido a gerente de uma das áreas da empresa.
As pessoas costumavam elogiá-lo, dizendo que era um profissional muito discreto, inteligente e agradável, apesar do pulso excessivamente firme às vezes. A verdade é que Flávio mostrou ser muito inteligente e dedicado. Tinha convicção, autoconfiança e era capaz de suportar pressão. Ele nunca parou de estudar e, inclusive, conseguiu fazer um MBA internacional totalmente pago pela empresa. Após essa experiência, foi transferido internacionalmente e teve a oportunidade de aprimorar o seu nível de inglês, que hoje é fluente.
O resultado não poderia ser outro. Após 22 anos de carreira nesta empresa, Flávio conquistou o cargo de diretor. Apesar do alto cargo, era carismático e sua competência despertava a admiração de toda a equipe de uma maneira muito natural.
É por isso que insisto em dizer que é possível, sim, galgar posições relevantes em multinacionais. Com muita dedicação e suor, o profissional pode alcançar seus objetivos, por mais impossível que pareça ser. É claro que uma dose de realismo sempre é bem-vinda. Afinal, como já falei em alguns artigos, nem todos nasceram para a presidência, para cargos estratégicos. O perfil comportamental também deve estar aliado às metas do indivíduo. Do contrário, as chances de frustração são muito maiores.
No entanto, não importa se você estudou em escola pública ou graduou-se em uma instituição "sem nome". Apesar das dificuldades, com engajamento, planejamento e autoconhecimento, as metas deixarão de parecer tão impossíveis assim.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast