Um carro autônomo do Google colidiu sem gravidade contra um ônibus municipal na cidade de Mountain View, no estado americano da Califórnia, no que pode ser considerado o primeiro caso de acidente em que um carro autônomo atinge outro veículo em uma via pública.
Segundo relatório do Departamento de Veículo Automotores da Califórnia, um dos Lexus equipados com sensores e câmeras colidiu com o coletivo no dia 14 de fevereiro, quando o carro estava contornando sacos de areia. O veículo autônomo, que estava a 3 km/h, atingiu a lateral do ônibus, a 16 km/h, causando danos ao para-lama frontal esquerdo, a roda da frente e em um sensor de direção lateral. Ninguém se feriu no episódio.
Não há indicações de falha no registro, mas a Alphabet, empresa matriz do Google, afirmou nesta segunda-feira (29) que tem “alguma responsabilidade” no caso. Em comunicado, a empresa afirma que “temos claramente alguma responsabilidade, porque se nosso carro não tivesse se movido, não haveria colisão. Dito isso, nosso motorista de testes acreditou que o ônibus fosse reduzir a velocidade ou permitir que entrássemos no trânsito, e que haveria espaço suficiente para isso”.
A companhia também afirmou que revisou o incidente “e milhares de variações em nosso simulador em detalhe e fizemos melhoras em nosso software. A partir de agora, nossos carros entenderão melhor que ônibus (e outros veículos grandes) são menos propensos a reduzir (a velocidade) para nós do que outros tipos de veículos, e esperamos lidar com situações como esta de forma mais elegante no futuro”.
Em dezembro, o Google criticou reguladores da Califórnia pela proposta que exige a implementação de volante e pedais de freio e aceleração em carros autônomos para operar em ruas públicas. Um motorista licenciado deveria estar a postos para assumir a direção em caso de possíveis problemas.
Em novembro, a empresa de tecnologia informou que, em seis anos de teste de projetos de carros autônomos, apenas 17 acidentes leves aconteceram. “Nenhuma vez a causa do acidente foi o carro autônomo”, disse o Google na época.