A partir da próxima quarta-feira (10), a Volvo cobrará R$ 4 o kWh de recarga para carros elétricos de outras marcas. Estes veículos também estarão sujeitos à uma taxa de conectividade de R$ 2,50. Os clientes, no entanto, continuarão sem cobrança, ressalta.
Também - nesse caso, para clientes ou não -, haverá cobrança de “taxa de ociosidade”, no valor de R$ 5. Será após uma tolerância de 15 minutos que o carro estiver abastecido, para evitar que os motoristas ocupem carregadores sem necessidade.
As tarifas valem apenas para os 52 eletropostos de carregadores rápidos da Volvo em rodovias do país, em 37 rotas. A meta é dobrar o número de postos de recarga. Além deles, a companhia sueca tem mais de mil pontos de recarga pelo país.
O objetivo da medida é focar nos carros elétricos da empresa, cujas vendas crescem, e pressionar outras companhias que hoje se beneficiam dos pontos de recarga da Volvo a investirem também. A Volvo tem cinco modelos elétricos no Brasil, mas os automóveis de outras montadoras representam 75% das recargas em seus eletropostos.
As vendas estão aquecidas e devem incrementar ainda mais com a abertura de duas fábricas de carros elétricos no país, da BYD e GWM, previstas para começar ainda este ano. De janeiro a junho deste ano, foram comercializados mais de 79 mil carros, ante a mais de 32 mil no mesmo período do ano passado.
Por outro lado, a infraestrutura não acompanha o ritmo das vendas, e é ainda uma das maiores dificuldades para o setor. O país tem cerca de 3 mil eletropostos, considerado insuficiente para os quase 300 mil eletrificados leves em circulação hoje. Os dados são da Associação Brasileira de Veículo Elétrico (Abve).
A expectativa é que quantidade de postos de recarga aumente também, mas até lá, a Volvo mudou sua estratégia: "A ideia é que outras montadoras comecem a colocar carregadores nas ruas e façam o mesmo que fizemos desde 2017", disse presidente da Volvo Cars Brasil, Marcelo Godoy, segundo o Estadão.
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