O grupo colombiano Carvajal, que no Brasil tem sede em Curitiba, pretende dobrar a operação em território nacional até 2010 via fusões e aquisições. Este ano foram compradas a editora Lund e o Guia Mais. Em 2008, o número deve se repetir. Quem informa é o diretor de novos negócios do braço editoral do grupo, Mauricio Pacheco, que falou a uma platéia de convidados da Gazeta do Povo na terceira edição do ano do ciclo de palestras "Papo de Mercado", ontem pela manhã.

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Presente em 18 países, onde emprega 18 mil funcionários, o Carvajal faturou US$ 1,5 bilhão em 2006. Das 14 divisões corporativas em que atua, seis já fincaram bandeira no Brasil.

A maior delas é a Publicar, dona das marcas Editel e Listel, líder de mercado com 35% de participação nacional e 70% de share no Paraná. Recentemente, agregou a Guia Mais, comprada da espanhola Telefônica, e, para o ano que vem, pretende ampliar os serviços oferecidos na versão on-line da lista, que devem incluir ligações gratuitas pela internet (VoIP).

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A Cargraphics é a gráfica do grupo que edita as listas do Centro-Sul do país, e atende clientes como Microsoft e Editora Ática. O braço fabricante de cadernos de capa dura, a Caderbrás, com sede em Pirassununga, foi adquirido em 2002, e deve motivar nova aquisição no ano que vem.

Em 2005, foi adquirida a Ask!, do grupo Sercomtel (de Londrina), braço de tele-atendimento que também deve ser ampliado em breve. O grupo editorial Norma, que entrou no Brasil em julho, quando foi adquirida a Editora Lund, produz três importantes publicações setorizadas (o guia e a revista Noticiário de Equipamentos Industriais e a revista Supermercado Moderno). "Agora o objetivo é partir para o material didático, segmento em que a Carvajal é uma das maiores em outros países da América Latina", conta Pacheco.

Presente em território nacional desde 1984, quando, um ano depois, ganhou concorrência para imprimir a lista telefônica da antiga Telepar, o grupo intensificou as aquisições em 2002. Como parte das empresas fica em São Paulo, cogitou-se transferir a sede para lá. "Mas percebemos que seria 20% mais econômico manter a estrutura no Paraná, pelas finanças e pelo nível de produtividade."