Os EUA e a China fecharam questão sobre um acordo comercial provisório, aprovado pelo presidente norte-americano Donald Trump nesta quinta-feira (12), aumentando as esperanças de uma possível trégua no conflito comercial de 21 meses que abalou mercados financeiros, interrompeu cadeias de suprimentos corporativas e custou dezenas de bilhões de dólares.
Em uma reunião na Casa Branca com seus principais consultores comerciais, Trump assinou por reduções tarifárias dos EUA em troca da China gastar US$ 50 bilhões em produtos agrícolas norte-americanos, reforçando suas proteções de propriedade intelectual e abrindo seus mercados de serviços financeiros, de acordo com Michael Pillsbury , um especialista da China no Instituto Hudson, que disse ter sido informado por Trump sobre o acordo na quinta-feira. "É um avanço", disse Pillsbury. "Ele diz que é histórico. Eu certamente concordo com isso".
Líderes empresariais que se preocuparam com o alívio das guerras tarifárias trans-Pacífico receberam bem a notícia. "Isso coloca chão sob a deterioração do relacionamento", disse Craig Allen, presidente do Conselho Empresarial EUA-China. Myron Brilliant, vice-presidente executivo da Câmara de Comércio dos EUA, disse que o acordo beneficiaria fabricantes e agricultores americanos. "É um primeiro passo importante, mas apenas um primeiro passo", destacou, "há mais trabalho a ser feito".
O acordo limitado interrompe uma negociação comparável a uma montanha-russa, que levou os dois países à beira do sucesso mais de uma vez este ano, apenas para ver as discussões emperrarem adiante. Diplomatas das duas maiores economias do mundo estão trabalhando contra o prazo de domingo, quando devem entrar em vigor novas tarifas dos EUA sobre US$ 160 bilhões em mercadorias chinesas.
Esse aumento agora não deve avançar e as tarifas existentes - de US$ 360 bilhões em importações chinesas - também serão reduzidas, de acordo com Pillsbury e outras fontes familiarizadas com o assunto. O acordo inclui disposições que penalizarão o governo chinês se ele não cumprir as demandas agrícolas definidas.
Fontes afirmam que o acordo está "basicamente concluído", entretanto, na noite de quinta-feira em Washington, o governo chinês ainda não havia confirmado oficialmente a informação.
Apesar da alegada definição dessa solução provisória, o chamado acordo de "fase 1" deixa as questões mais espinhosas da disputa comercial entre EUA e China para futuras negociações, programadas para começar em 2020. Os enormes subsídios da China para empresas estatais e sua prática de forçar empresas estrangeiras a abrir mão de segredos tecnológicos em troca do acesso ao mercado chinês serão objeto da "fase 2".
Pillsbury (que atua como consultor externo ocasional do presidente) revelou que Trump teria afirmado acreditar que as negociações continuarão apenas pós as eleições de novembro de 2020.
Expectativa
No início da manhã, Trump provocou investidores com a expectativa do potencial acordo com a China, jogando rapidamente o mercado de ações para a alta em meio ao otimismo sobre um avanço no longo impasse. "Chegando MUITO perto de um GRANDE NEGÓCIO com a China", twittou o presidente logo após a abertura de Wall Street. "Eles querem, e nós também!"
A média industrial da Dow Jones subiu rapidamente mais de 300 pontos, ou cerca de 1%, na primeira hora de negociação, enquanto os mercados financeiros aplaudiam a perspectiva de um acordo de "Fase 1" com a China. Mais tarde, o mercado renunciou a alguns de seus ganhos e subiu menos de 100 pontos pouco antes do fechamento das negociações.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast