Neste domingo (28), o grupo Casas Bahia informou ao mercado sobre o fechamento de um acordo de recuperação extrajudicial (RE) com os bancos em face da dívida de R$ 4,1 bilhões.
Com o acordo, em vez da dívida total, a varejista terá de desembolsar R$ 500 milhões a partir de 2026. O acordo foi celebrado com os dois principais credores da empresa: Bradesco e Banco do Brasil.
Antes da negociação, a empresa teria de pagar uma parte da dívida (R$ 1,5 bilhão) já em 2024. O acordo inclui uma carência de 24 meses para pagamentos de juros e 30 meses para o pagamento da parte principal da dívida.
O prazo de amortização também foi alterado e saiu de 22 para 72 meses, com redução de 1,5 ponto percentual, o que significa uma economia de R$ 400 milhões.
No comunicado, o grupo disse que a renegociação inclui apenas dívidas sem garantias, como debêntures e CCBs (cédulas de créditos bancários).
"Estamos muito satisfeitos por termos conseguido antecipar esse reperfilamento da dívida, que só foi possível graças ao avanço bem-sucedido das alavancas operacionais do nosso plano de transformação. O acordo reflete a confiança no nosso plano e no futuro da companhia", disse o CEO do grupo, Renato Franklin.
Franklin disse ainda que o acordo fechado com os principais credores do grupo estava entre as metas prioritárias deste ano.
O plano de recuperação extrajudicial da empresa vem em paralelo ao plano de transformação anunciado em agosto do ano passado.
O título original desta matéria falava em recuperação "judicial" da Casas Bahia. No entanto, trata-se de uma recuperação extrajudicial, ou seja, negociada fora do âmbito do Judiciário.
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