Três semanas após Abilio Diniz ser confirmado como presidente do conselho de administração da fabricante de alimentos BRF -resultado da fusão de Sadia e Perdigão-, o Casino reagiu e entrou hoje com novo pedido de arbitragem contra o empresário.

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O controlador francês do GPA (Grupo Pão de Açúcar) alega a existência de conflito de interesses na nomeação de Abilio porque o empresário brasileiro já ocupa a presidência do conselho de administração da rede varejista fundada por seu pai e a BRF é uma das principais fornecedoras do grupo.

O novo pedido será incluído ao processo que já existe e está em andamento na CCI (Câmara Internacional do Comércio).

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"A decisão do Casino de levar o assunto à arbitragem, conforme previsto no acordo de acionistas com Abilio Diniz, que dá a ele o direito de ser eleito presidente do conselho de administração do GPA, resulta da recusa de Abilio Diniz de renunciar ao conselho do GPA, mesmo após os repetidos pedidos no sentido de que ele reconhecesse o claro e permanente conflito de interesses resultante de sua decisão de servir como Presidente dos Conselhos de GPA e BRF", afirmou o Casino.

Em nota, o empresário Abilio Diniz informa que "não existe conflito de interesse no exercício das posições que ocupa no Grupo Pão de Açúcar e na BRF. Abilio continuará a desempenhar suas funções no GPA como prevê o acordo de acionistas".

Em dezembro, o empresário comprou cerca de R$ 1,1 bilhão em ações da BRF e passou a ter uma participação de cerca de 3% na companhia.

Como conselheiro, Abilio será membro independente, não representando nenhum dos acionistas controladores. O maior acionista da BRF é a Previ (com 12,21% do capital), seguido por Petros (11,31%), Tarpon (8,02%) e Blackrock (4,03%), entre outros.