Cascavel O índice de adulteração de combustíveis no Paraná caiu 80% nos últimos três anos. Segundo o superintendente de Abastecimento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Roberto Ardenghy, o estado tinha, em 2001 e 2002, uma taxa de irregularidade de 10% da gasolina e óleo diesel vendidos ao consumidor. Em 2005, esse índice caiu para menos de 2%.
Ardenghy esteve em Cascavel, na semana passada, para participar do Encontro de Revendedores de Combustíveis do Oeste e Sudoeste. Para ele, a redução dos casos de adulteração é resultado de ações de fiscalização. "A ANP tem monitorado a qualidade e os preços dos combustíveis no país com certa eficiência", disse ele, destacando o papel da agência no abastecimento do mercado nacional.
O evento, promovido pelo Sindicato dos Revendedores de Combustíveis (Sindicombustíveis) do Paraná, reuniu aproximadamente 200 pessoas, entre empresários, técnicos e gerentes, para debater questões relacionadas ao setor, como adulteração de combustíveis, formação de cartel, ética e fiscalização. O encontro faz parte da estratégia do Sindicombustíveis de orientar os seus filiados sobre os problemas que atingem os revendedores em todo o estado. Debate semelhante foi realizado em junho em Londrina. O próximo será no mês que vem, em Ponta Grossa. O presidente do sindicato, Roberto Fregonese, abriu o evento.
O encontro serviu também para o lançamento da cartilha "De Olho na Bomba de Combustível", publicação do Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem). A cartilha de 21 páginas foi apresentada pelo presidente do Ipem, Leonaldo Paranhos. "Trata-se da legislação ao alcance do profissional do setor, com todos os itens especificados de forma a impedir que o posto cometa alguma irregularidade. Qualquer dúvida, basta o funcionário abrir a gaveta e lá estará a cartilha para esclarecer os pontos básicos da legislação", explicou Paranhos.
Para se prevenir contra possíveis irregularidades, a ANP orienta o consumidor a pedir a nota fiscal como comprovante num caso de reclamação posterior. E, na dúvida, solicitar o teste sobre a qualidade do combustível ao frentista. O consumidor que suspeitar da adulteração do combustível pode encaminhar a denúncia à ANP pelo site www.anp.gov.br.
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