O Emirado do Catar ofereceu 7 bilhões de euros (US$ 9,8 bilhões) por uma participação na Porsche, o que permitiria à fabricante alemã de carros esportivos de luxo saldar grande parte de suas dívidas. De acordo com a revista semanal Der Spiegel, o Qatar Investment Authority, um grupo de investimento apoiado pelo governo, iria ficar com 25% da Porsche Automobil Holding, além das opções em ações da Volkswagen atualmente detidas pela Porsche. Além disso, a Volkswagen, que propôs comprar 49% das principais operações de carros esportivos da Porsche, teria elevado sua oferta em 4 bilhões de euros, informou o Der Spiegel, sem revelar suas fontes.
A Porsche marcou uma reunião extraordinária de seu conselho supervisor em 23 de julho para discutir as ofertas do Catar e da Volkswagen, disseram fontes na sexta-feira. A Porsche atualmente registra uma dívida de 9 bilhões de euros, acumulada após uma tentativa fracassada de aumentar sua participação na Volkswagen, maior montadora da Europa.
A empresa atualmente detém 51% da Volkswagen, que fez uma contraoferta em meio a uma disputa entre as famílias Porsche e Piech dentro do conselho.
A aquisição da Porsche pela Volks iria reforçar o poder de Ferdinand Piech, maior acionista da Porsche, a chefe do conselho de supervisão da Volks. Um acordo com o Catar, no entanto, fortaleceria Wolfgang Porsche e daria à sua companhia uma chance de renovar sua oferta de aquisição pela maior parte da Volks, além de preservar as chances do chefe da Porsche, Wendelin Wiedeking, de manter seu emprego. No final de junho, o grupo Porsche rejeitou uma contraproposta da Volks, dizendo que "isso não era uma solução útil". Na sexta-feira, um porta-voz da Porsche disse, no entanto, que para a fabricante de carros, "a meta permanece de criação de um grupo integrado" com a Volks.
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