Pesquisa eleitoral| Foto:

Taxistas-blogueiros pelo mundo

Un taxi la nuitPaís: CanadáWeb: taxidenuit.blogspot.comDetalhes: Site do taxista Pierre-Léon, de Montreal.

RittenstaatPaís: HolandaWeb: taxi.wordpress.comDetalhes: Blog de um taxista em Amsterdã.

Buddha CabPaís: EUAWeb: www.buddhacab.comDetalhes: Blog de taxista budista.

CablogPaís: AustráliaWeb: www.cablog.com.auDetalhes: Taxista que trabalha à noite em Sydney.

All in a days workPaís: InglaterraWeb: londoncabby.blogspot.comDetalhes: Blog de um taxista que trabalha em Londres.

Dublin TaxiPaís: IrlandaWeb: dublintaxi.blogspot.comDetalhes: Taxista da cidade de Dublin.

Ni libre ni ocupadoPaís: EspanhaWeb: nilibreniocupado.es/blogDetalhes: Taxista e escritor por hobby em Madri.

Where To?País: CanadáWeb: taxihome.blogspot.comDetalhes: Blog de um taxista da cidade de Saint John.

Las Vegas ChroniclesPaís: EUAWeb: lvcabbiechronicles.blogspot.comDetalhes: Taxista da cidade de Las Vegas.

The taximan saysPaís: CingapuraWeb: taximansingapore.blogspot.comDetalhes: Coleção de histórias contadas por taxistas de Cingapura.

CARREGANDO :)

São Paulo – A bordo de seu Uno vermelho 2005, o taxista Mauro Castro, 43 anos, seria apenas um entre os mais de 4 mil profissionais que, como ele, atravessam todo dia a cidade de Porto Alegre (RS) num entra e sai de passageiros. Não fosse um detalhe: Castro é reconhecido em tudo quanto é canto. Tudo pelos "causos" que conta na internet e em um jornal popular. No blog Taxitramas (taxitramas.blogger.com.br), ele traz relatos de traições conjugais, perseguições típicas de filmes policiais, crimes, acidentes... "Enfim, tudo de maluco que só é visto quando se fica todo dia dentro de um táxi", diverte-se. Uma vez por semana, um "causo" novo ganha o site. Em 4 anos o endereço já recebeu 250 mil visitas.

Os mesmos textos também saem no jornal porto-alegrense "Diário Gaúcho". "Mas devo muito à internet. O jornal me fez ser conhecido na cidade. A web levou meus textos para o Brasil", frisa.

Publicidade

Foi a rede mundial que permitiu ao taxista aparecer em revistas, jornais e até na TV. "Todos que me entrevistaram me encontraram pelo blog." E foi graças à web que Castro conseguiu publicar um livro. "O cara da editora ficou sabendo do meu blog e resolveu entrar", conta ele, que, em outubro, lançou o livro "Taxitramas"

Tudo começou em 2003. Ele, que sempre gostou de escrever mas "tinha preguiça", certo dia teve uma corrida com um editor do "Diário Gaúcho". "Ele ficou animado com as minhas histórias e pediu textos para avaliação. Mandei uma meia dúzia. E ele gostou." Na mesma época, o taxista foi ao dentista. Enquanto esperava ser atendido, folheou uma reportagem sobre blogs. Achou interessante e foi pesquisar mais na internet. "Tinha computador há um ano, mas não sabia usar muito. Só via notícias. Mas percebi que era muito fácil criar um blog. Até um taxista, como eu, poderia ter um." Nasceu o "Taxitramas". Castro postava os textos que publicava no jornal. Nos primeiros dois meses, a audiência não era lá essas coisas. "Recebia um, dois comentários." Aí o blog saiu no site No Mínimo (www.nominimo.com.br) e a coisa deslanchou. Reportagens mostraram o inusitado taxista da internet. E Castro ficou famoso "Tem gente que vem ao meu ponto só para ouvir histórias. Me pedem autógrafos em tudo quanto é lugar: no camelódromo, no motel, no supermercado..."

Mas por que as histórias de um taxista atraem tanta atenção? "Um taxista conhece a cidade a fundo, tem contato com os mais diferentes tipos de pessoas. Ouço e vivencio histórias das mais estranhas. E publico isso."

Para ter inspiração, Castro escreve no próprio táxi. Não, ele não tem notebook. É tudo no papel. "Pego os panfletos de propaganda que recebo no trânsito e rabisco no verso. Depois, vou para o PC de casa." Segundo ele, essa é a melhor forma de não perder uma história. "Acontece muita coisa num táxi. Cada um que entra, é uma fonte para um texto."