A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em leve alta nesta quinta-feira, mas encerrou a semana praticamente no zero a zero, à medida que investidores aguardam mais informações que clareiem o cenário para o mercado financeiro.
O principal indicador da bolsa paulista avançou 0,3 por cento nesta quinta-feira, para 54.569 pontos. No acumulado da semana, o Ibovespa caiu 0,12 por cento.
O volume financeiro da sessão ficou em 3,9 bilhões de reais, abaixo da média diária de agosto, de 5,4 bilhões de reais.
Uma série de dados econômicos nos Estados Unidos (de produtividade, auxílio-desemprego e setor de serviços) sugeriu força da economia norte-americana. Por outro lado, indicou que o Federal Reserve pode não cortar o juro este mês, o que deixou Wall Street volátil.
Internamente, investidores também repercutiram a unanimidade do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em cortar o juro em 0,25 ponto, para 11,25 por cento ao ano, na noite da véspera. O BC deixou a porta aberta para fazer novo corte em outubro ou interromper a série de reduções.
Em Nova York, o Dow Jones encerrou com ganho de 0,44 por cento, impulsionado por ações do setor industrial e farmacêutico, considerados defensivos. O mercado brasileiro seguiu Wall Street com certa cautela, já que é feriado nacional na sexta (Dia da Independência), quando sai um importante relatório nos EUA sobre emprego.
"A gente só vai pegar isso (reação de Nova York ao número de emprego) na segunda-feira", afirmou Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros.
Na segunda quinzena do mês serão divulgados os resultados trimestrais de grandes bancos de investimento dos EUA e analistas esperam que esses dados ajudem a quantificar a extensão dos problemas gerados pela crise do setor de hipoteca de risco na maior economia do mundo, que abalaram os mercados financeiros globais no final de julho e em agosto.
Outro evento importante este mês será a reunião do Fed, prevista para 18 de setembro.
VALE DO RIO DOCE
Na Bovespa, a alta de 3,5 por cento das ações preferenciais da Companhia Vale do Rio Doce, para 42,90 reais, sustentaram a alta do mercado.
Os papéis da mineradora acompanharam o forte desempenho de rivais globais, diante da continuidade dos rumores de que BHP Billiton e Vale do Rio Doce fariam oferta pela Rio Tinto . Em Londres, as ações da BHP subiram quase 4 por cento e as da Rio Tinto dispararam 5,4 por cento.
Analistas vêem como improvável a compra da Rio Tinto pelas duas empresas rivais [ID:nN06333966], mas os rumores geraram expectativa de mais consolidação na indústria.
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