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Preços

Ceia deste Natal será a mais cara dos últimos cinco anos

Produtos e inflação no levantamento da FGV |
Produtos e inflação no levantamento da FGV (Foto: )
O casal Lincoln e Silmara Uhdre: solução foi trocar a marca do champanhe. |

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O casal Lincoln e Silmara Uhdre: solução foi trocar a marca do champanhe.

Os consumidores devem preparar o bolso neste ano porque a ceia de Natal já está mais cara. Levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) com base no preço de dez itens que compõem o cardápio natalino mostra que os preços acumulados nos últimos 12 meses até novembro subiram em média 13,2%. Trata-se da maior inflação dos últimos cinco anos. A alta do dólar, que encarece os produtos importados – como bacalhau, vinhos e azeites – e a inflação de alguns produtos nacionais puxaram os reajustes.

De acordo com a pesquisa, produtos que são consumidos principalmente nessa época acumulam inflação bem acima da variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de 6,16% nos últimos 12 meses. É o caso do pernil suíno (24,84%), do lombinho suíno (15,50%), das frutas (13,25%) e do presunto (8,08%). O bacalhau, por sua vez, subiu 6,16%.

"Com o aumento da demanda, a tendência é que alguns produtos fiquem ainda mais caros nas próximas semanas", diz André Braz, economista responsável pelo levantamento da FGV. Os vinhos e o azeite de oliva, cujos preços chegaram a registrar queda há alguns meses, já subiram 0,68% e 2,23% em novembro, respectivamente. Apesar de o dólar encarecer os importados, Braz diz que esse impacto, até agora, pode ser considerado pequeno, uma vez que boa parte do varejo comprou seus estoques natalinos antes da disparada da moeda americana. "Mas, à medida que as mercadorias são vendidas, os estoques são repostos – agora, com um dólar mais alto", diz. Alguns produtos nacionais também estão mais caros, como é o caso do panetone, que sofreu os efeitos da alta do trigo no acumulado do ano. "Deu para ver o aumento do preço. No início do Natal passado, compramos cerca de seis panetones. Neste ano, apenas dois", diz o militar Fernando Santos. Para o advogado Lincoln Uhdre, o maior impacto foi no champanhe. "Houve um aumento de quase R$ 10 no preço. Cheguei a trocar de marca para não pesar tanto no bolso", diz.

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