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Natal

Ceia farta, mas com economia

É nas pequenas iguarias, como as frutas, que estão as maiores diferenças | Marcos Borges/ Gazeta do Povo
É nas pequenas iguarias, como as frutas, que estão as maiores diferenças (Foto: Marcos Borges/ Gazeta do Povo)

Alimentos que compõem a cesta de Natal podem ter variações de até 76% nos supermercados de Curitiba. Para não se assustar com a conta, a dica é fazer a compra aos poucos, aproveitando as ofertas, e recorrer ao espírito natalino dos familiares na divisão dos produtos que compõem a mesa – assim a conta não fica tão pesada para ninguém, ensinam os especialistas.

O levantamento utilizou dados do Disque-Economia, serviço da Prefeitura de Curitiba para a comparação de preços entre supermercados. Foram levantados dez produtos em seis estabelecimentos da capital.

A maior diferença, de 76%, foi verificada no quilo da manga. Fruta da época do final de ano, seu quilo é vendido com valores entre R$ 1,69 e R$ 2,99. Outras grandes variações foram registradas no quilo do pernil suíno, da uva, do panetone e do chocotone. A menor diferença encontrada foi no quilo do peru, de 5% – o preço varia de R$ 11,98 a R$ 12,58, valor praticado por quatro dos seis supemercados analisados.

A lista de compras, companheira de todo o ano, deve estar presente também durante as festas. Emerson Fabris, presidente do Instituto de Educação em Gestão Familiar, lembra que uma boa pesquisa baseada na lista do que será preciso para a ceia ajuda a economizar. "Uma ceia que reúne umas 15 pessoas vai custar pelo menos entre R$ 300 e R$ 400. Para diminuir o custo, além de pesquisar, o ideal é conversar com a família, para dividir os custos", ressalta.

Panetones e chocotones, com diferença de preços de 28% e 29% entre os supermercados, respectivamente, têm características específicas, segundo o coordenador do Disque-Economia, Henry Lira. "As embalagens maiores, de 750 gramas, por exemplo, são produzidas em menor escala. Por isso, logo somem da prateleira e as que sobram têm aumento de preço. O recomendado é que alimentos não perecíveis sejam comprados assim que surjam as ofertas", pondera.

Para a coordenadora do Projeto de Orçamento Familiar da UFPR, Ana Paula Mussi Cherobim, uma das maneiras para economizar é comprar os itens mais caros, como as carnes, por exemplo, em supermercados onde eles estão mais em conta – com isso, o valor geral acaba se diluindo e o consumidor diminui os gastos. "Além disso, é possível verificar no grupo se alguém ganhou alguma cesta de Natal da empresa, para diminuir os produtos a serem comprados. Mesmo sendo um período de muita correria, é muito importante pesquisar", destaca Ana Paula.

Preferências

No caso das bebidas, o gosto pessoal dificulta a pesquisa de preço

Frisante, espumante, gaseificado, filtrado, champanhe... A hora de comprar a bebida que vai acompanhar as festas de fim de ano já é recheada de termos e denominações que podem confundir o consumidor. Outro fator que dificulta a comparação de itens entre supermercados é que, ao contrário das unânimes aves de Natal, as bebidas são mais pessoais e podem ser compradas para diferentes ocasiões.

Henry Lira, coordenador do Disque-Economia, ressalta ainda que há algumas marcas que estão disponíveis em um ou outro supermercado, o que complica a pesquisa e comparação. "Além disso, sabemos que há muitos mercados que só vão colocar à disposição as principais bebidas depois do dia 15 de dezembro. É uma questão mais de gosto pessoal e do bolso do consumidor", avalia.

Há algumas estratégias, porém, para chegar ao equilíbrio entre gosto pessoal e bolso. Uma delas, segundo Ana Paula Mussi Cherobim, coordenadora do Projeto de Orçamento Familiar da UFPR, é aproveitar a época de degustação de bebidas nos supermercados. "Às vezes a marca mais barata pode ser agradável e trazer economia: vale a experimentação. Bebidas alcoólicas são mais pessoais e marcas que têm em um supermercado podem não ter em outros, o que dificulta a comparação", explica.

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