Juha Ollila, da F-Secure, prevê uma explosão na quantidade de programas maléficos voltados para celulares nos próximos anos. A possibilidade de fazer o telefone ligar para números de serviços que cobram caro ou de enviar mensagens MMS (Multimedia Messaging Service serviço de mensagens de texto com áudio e imagem) sem o consentimento do usuário é uma oportunidade para os criminosos ganharem dinheiro. "Mesmo assim, a pessoa precisa instalar o programa, e isso é uma barreira. Mas tem gente que não sabe usar o aparelho direito e o instala só para sair da tela e poder telefonar", explica o especialista. Ollila conta que este ano foi detectado o primeiro vírus de celular criado com o objetivo de roubar dinheiro.
"Por enquanto, existem cerca de 150 vírus para celulares conhecidos", conta. Os vírus usam técnicas semelhantes as das pragas de computador. A partir da agenda de contatos do celular, mensagens são mandadas para pessoas conhecidas. Dessa forma, a vítima acha que recebeu algo de um amigo, abre sem pestanejar e é contaminada. "Isto acontece normalmente à noite, para que o usuário não perceba", conta Ollila. O pior é que as pessoas só descobrem quando chega a conta...
Os criminosos utilizam serviços telefônicos de países distantes de onde o vírus é espalhado, para despistar a polícia. Um telefone infectado no Brasil, por exemplo, pode discar para um número da Rússia, o que dificulta o rastreamento e possíveis medidas jurídicas. No exterior, isso já começou. "Nós sabemos que, em alguns países, quase 5% do tráfego de mensagens MMS é spam. É algo que já está acontecendo".
Mobile banking
O Banco do Brasil acabou de ampliar seus serviços via celular e implantou o sistema de mobile banking. Além das já disponíveis consultas de saldo e extrato de conta-corrente e poupança, agora os clientes podem fazer, pelo telefone móvel, empréstimos pessoais, pagamentos de títulos de cobrança e contas de concessionárias de serviços públicos, transferências e recarga de pré-pago. As taxas são as mesmas do auto-atendimento, além das tarifas cobradas pela operadora do aparelho.
Como os celulares são alvos de clonagem e os dados bancários trafegarem pelo ar, surge a dúvida se a ferramenta é segura. "Como o sistema utiliza a tecnologia WAP, que é a internet para os celulares, a segurança é a mesma do internet banking e é tudo criptografado", conta Marcio Sauer, gerente de mercado para pessoa física do Banco do Brasil. Ou seja, a vulnerabilidade é a mesma da rede de computadores. "A tecnologia é muito difundida nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. Para fazer as transações é necessário digitar a senha do banco, que não fica gravada no aparelho", acrescenta.
O banco é o primeiro do país a adotar o sistema e espera que a novidade seja mais aceita do que o modelo para a internet. "O celular é mais fácil de usar e hoje em dia quase todo mundo tem", justifica Sauer. Para funcionar, o aparelho deve ter a função minibrowser. Dependendo do modelo, estão disponíveis diferentes opções no mobile banking. O próximo passo é permitir que os clientes façam compras a partir do celular. (MS)
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