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Em 2014, o país viveu um período de grande popularização dos aparelhos smartphones, o que era acompanhado pela migração de terminais 2G para 3G e 4G | Lucas Pontes/Gazeta do Povo
Em 2014, o país viveu um período de grande popularização dos aparelhos smartphones, o que era acompanhado pela migração de terminais 2G para 3G e 4G| Foto: Lucas Pontes/Gazeta do Povo

O telefone celular tornou-se, pela primeira vez, o principal aparelho de acesso à internet nos domicílios brasileiros, superando os microcomputadores, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (6).

O número de domicílios com acesso à internet por meio de telefone celular saltou de 16,8 milhões em 2013 para 29,6 milhões em 2014. Dos lares conectados à internet, em 80,4% o acesso era feito pelo aparelho.

Naquele ano, o país viveu um período de grande popularização dos aparelhos smartphones, o que era acompanhado pela migração de terminais 2G para 3G e 4G (de maior velocidade de acesso à internet).

O acesso por meio de computadores até cresceu no período, de 27,6 milhões em 2013 para 28,2 milhões em 2014 (alta de 2,2%). Mas o aumento do número de lares no país foi ainda maior e o PC acabou perdendo espaço.

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Com isso, a proporção de residências que usavam o PC para acessar a internet recuou de 88,4% em 2013 para 76,6% em 2014, segundo o suplemento de tecnologias da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Regiões

Num olhar por regiões do país, Norte e Centro-Oeste destacam-se no uso do celular. Nelas, o uso do aparelho para acessar a internet foi registrado em 92,5% e 86,3% dos domicílios pesquisados, respectivamente.

Essa maior presença é explicada por fatores como a baixa densidade populacional e pouca infraestrutura por fibra ótica ou ADSL. Isso faz com que a telefonia móvel acabe se tornando, muitas vezes, a única opção de conexão.

Por essa mesma lógica de disponibilidade, o uso do microcomputador para acessar a internet continuava maior nas regiões Sudeste e Sul do país, em 82,4% e 83,2% dos lares em 2014. As regiões têm diferentes fornecedores de internet.

No geral, 54,9% das residências do país tinha acesso à internet. Isso significa que, pela primeira vez, mais da metade das residências particulares estavam conectadas à web. Eram 48% em 2013.

A pesquisa do IBGE mostra também que uma parcela ainda pequena dos lares usava tablets (21,9% dos domicílios) e a televisão (0,9%) para acessar a internet. Neste caso, a proporção é maior no Sudeste.

Mais da metade

Segundo os dados do IBGE, o número de pessoas com telefone móvel para uso pessoal no país cresceu 4,9%, passando de 132,2 milhões em 2013 para 136,6 milhões em 2014. Isso corresponde a 77,9% da população (com 10 anos ou mais).

Essa forte expansão foi uma das razões para que, pela primeira vez, mais da metade da população usasse a internet em 2014. Essa proporção cresceu de 49,4% em 2013 para 54,4% em 2014 (95,4 milhões de pessoas).

O levantamento constatou também que a proporção de pessoas que utilizam a rede aumenta conforme o rendimento: das pessoas que ganham mais de dez salários mínimos, 91,5% acessava a internet.

Já os que não acessaram somaram 79,8 milhões de pessoas, uma queda de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior. Os sem-internet eram formados sobretudo por idosos e pessoas menos escolarizadas.

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