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Celulares a preços baixos desafiam mercado da Samsung

Samsung enfrenta competição em preços de celulares na faixa mais baixa e a ameaça do próximo iPhone da Apple | Luong Thai Linh/Efe.
Samsung enfrenta competição em preços de celulares na faixa mais baixa e a ameaça do próximo iPhone da Apple (Foto: Luong Thai Linh/Efe.)

A Samsung divulgou nesta terça-feira (08) uma estimativa de lucro trimestral inesperadamente fraca, que a colocou rumo a seu pior resultado em dois anos e levantou dúvidas sobre a estratégia da líder em smartphones contra as rivais chinesas com preços mais baixos.

Embora a companhia sul-coreana tenha dito que vê condições de negócio melhores no terceiro trimestre, ela enfrenta um crescimento de mercado em desaceleração, uma intensificação da competição em preços na faixa mais baixa e a ameaça do próximo iPhone da Apple, que surge no horizonte.

"O lucro dá um duro choque de realidade na Samsung de que o problema não é a Apple, e sim a Samsung. Sua estratégia de vender aparelhos a preços altos não vai funcionar mais, uma vez que rivais chinesas também oferecem telefones bons o suficiente a preços muito mais baixos", disse Lee Seung-woo, um analista de tecnologia da IBK Securities.

"A Samsung precisa revisar sua estratégia de smartphones", completou ele.

Embora smartphones tenham levado a Samsung a lucros recordes no ano passado, o mercado está amadurecendo. A empresa de pesquisa IDC prevê que o crescimento global de vendas vai desacelerar para 19,3% neste ano ante 39,2% em 2013, enquanto os preços médios de venda também vão cair.

A Samsung estimou nesta terça-feira que seu lucro operacional no trimestre de abril a junho provavelmente caiu 24,5% em comparação ao ano anterior para 7,2 trilhões de wons (US$ 7,12 bilhões), a maior queda porcentual desde o primeiro trimestre de 2011 e o nível mais fraco desde um lucro de 6,5 trilhões de wons no segundo trimestre de 2012.

A estimativa da Samsung para o segundo trimestre ficou muito abaixo da previsão média de 8,3 trilhões de wons em uma pesquisa da Thomson Reuters com 38 analistas.

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