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Futuro

Celulares em rede vão “aprender” com o usuário

Norta: conexão universal | Divulgação/Nokia
Norta: conexão universal (Foto: Divulgação/Nokia)
Portal da rede Ovi: aposta ousada da Nokia para conectar os usuários |

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Portal da rede Ovi: aposta ousada da Nokia para conectar os usuários

Nada de câmeras, MP3 player, GPS, 3G, tela sensível ao toque ou wi-fi. Muito mais do que ter um amontoado de recursos tecnológicos, a grande novidade dos celulares do futuro será ter aplicações que facilitem a relação entre as pessoas. Os contatos estarão integrados a serviços online, possibilitando o desenvolvimento de novos usos para o telefone.Imagine, por exemplo, que você faz uma viagem para Paris e registra em uma rede social, pelo celular, todo o roteiro, com os passeios que fez e os restaurantes que visitou. Quando um amigo sair em férias parisienses, poderá acompanhar o roteiro que você fez, também pelo celular. E quando ele apontar o telefone para a catedral de Notre Dame, vai surgir na telinha dele uma mensagem que você deixou lá – uma dica de um restaurante ali perto, por exemplo.

Se você pensar bem, hoje em dia já é possível fazer isso usando programas que traçam rotas e aplicativos de realidade aumentada, que permitem deixar mensagens virtuais em lugares reais. Mas o desafio dos fabricantes de celular daqui em diante será como transformar essa experiência em algo tão natural quanto uma conversa sobre viagens na mesa de jantar.Em um evento sobre o futuro da mobilidade em sua sede, em Helsinque, a Nokia apresentou um vídeo em que imagina como usaremos o celular em 2015. Todos os aparelhos estarão ligados a uma rede de informações online, que, a partir disso, vai gerar informações de acordo com o seu comportamento.

Com isso, será possível oferecer novos serviços, como mostrar a situação precisa do trânsito ou fazer buscas de acordo com a localização, com pessoas e com a data. Por exemplo, você poderá pesquisar o nome de um restaurante a que foi com um amigo específico no mês de junho. O celular também indicará notícias relevantes para cada pessoa, de acordo com a profissão e a localização.

"Uma vez que é difícil diferenciar criadores e consumidores de conteúdo, as pessoas vão precisar de um aparelho que seja mais interativo e inteligente, para tirar o melhor de cada momento. Em 2015 todos se beneficiarão do fato de estarmos conectados, em qualquer lugar, a qualquer hora", disse Heikki Norta, diretor de estratégias corporativas da Nokia, um dos poucos palestrantes a realmente falar do futuro da mobilidade com profundidade durante sua apresentação no evento.

Oskar Korkman, diretor de pesquisas sobre tendências de comportamento da Nokia, também explicou que a fragmentação das relações entre as pessoas – cada vez mais casuais, ainda que profundas, e ligadas a lugares e momentos específicos – aumentam a necessidade de compartilhar a intimidade e a experiência por meio de aparelhos eletrônicos, no caso, o celular ligado à web. Por isso, telefones e serviços online precisam se adaptar.

É por isso que o fabricante aposta na extensa oferta de serviços e tem a meta de chegar a 2011 com 300 milhões de usuários de sua rede Ovi – um portal que serve para baixar aplicativos, compartilhar fotos, entre outros. Uma meta mais do que ousada, como se fosse possível chegar ao tamanho do Facebook em um ano.

O repórter viajou a convite da Nokia.

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