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O dólar subiu pelo sétimo pregão seguido nesta terça-feira (12), refletindo a pressão de investidores estrangeiros em meio à queda das bolsas de valores e dos preços das commodities no exterior.

A moeda norte-americana fechou a R$ 1,624, em alta de 0,50%. O dólar acumula valorização de 3,9% no mês, mas ainda exibe queda de 8,6% em 2008.

Os sete dias de alta tiraram o dólar do patamar de R$ 1,56, em que esteve no fim de julho. O nível era o menor desde janeiro de 1999.

Influências

Para Milton Mota, operador da SLW Corretora, a alta do dólar é mais uma "recomposição" após as perdas do mês passado do que o início de uma tendência de alta de longo prazo. Mas, desde o começo de agosto, o mercado assiste a uma mudança brusca no comportamento dos investidores estrangeiros.

Esses investidores exibiam US$ 3,3 bilhões em posição comprada em derivativos cambiais na terça-feira, ante US$ 7,6 bilhões em posição vendida no final de julho. A virada de mais de US$ 10 bilhões marca o fim da aposta que eles mantinham no enfraquecimento do dólar diante do real.

Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, também avalia que essa mudança é temporária. "Não temos expectativa de que prospere o aumento de 'posições compradas' pelos estrangeiros", escreveu em relatório. "Neste momento, a moeda norte-americana tende a manter-se em torno de R$ 1,60", afirmou.

"Como o retorno ao nível de R$ 1,60 implica em desmonte de posições 'compradas' na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), espera-se que ocorram movimentos de volatilidade até que se consolide" esse nível para o câmbio.

O mercado foi pressionado nesta sessão pela queda de mais de 1% das bolsas de valores em Nova York, que mostraram preocupação com o setor financeiro, e pela baixa das commodities. Outras moedas, no entanto, exibiram mais resistência à alta do dólar do que nos últimos dias.

Na última hora de negócios, o Banco Central realizou o tradicional leilão de compra de dólares no mercado à vista. Somente uma das propostas divulgadas foi aceita, segundo um operador, com taxa de corte de R$ 1,6193.

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