Uma queda nas vendas da IBM na China, em meio a uma ampla reação negativa devido às alegações de espionagem contra Washington suscitou uma rara visita da presidente-executiva da empresa, Ginni Rometty, a Pequim.
A executiva da maior empresa de serviços de tecnologia do mundo chega à capital chinesa nesta quarta-feira para três dias de reuniões com líderes do governo, segundo pessoas familiarizadas com a viagem. A visita acontece conforme empresas norte-americanas como a IBM e a Cisco Systems buscam restaurar a confiança em reguladores chineses e reverter quedas nas vendas.
Pequim tem encorajado companhias estatais a comprar produtos feitos na China desde as revelações sobre espionagem feitas no ano passado pelo ex-prestador de serviços de agência de espionagem norte-americana Edward Snowden. Isso tem prejudicado os negócios em algumas multinacionais sediadas nos EUA com operações na segunda maior economia do mundo.
Em Pequim, Rometty terá reuniões com autoridades chinesas incluindo o vice-premiê Wang Yang, responsável por ajudar a formular a política econômica da China. A chefe da IBM também deve se encontrar com autoridades do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação, e grandes clientes empresariais com o apoio estatal.
A agenda exata das reuniões não pôde ser determinada de imediato.
"A IBM não comenta ou confirma os planos de viagem de nossos executivos", disse o porta-voz da empresa baseado em Nova York, Edward Barbini.