A diretora executiva do Yahoo deve anunciar na terça-feira a mudança de foco de sua gestão: de aumentar a fatia de mercado da empresa para fazer cortes drásticos. O plano de Marissa Mayer deve incluir o fechamento de várias unidades e uma redução de até 15% da força de trabalho, segundo pessoas com conhecimento da questão. O plano deve ser apresentado logo após o Yahoo anunciar seus resultados do quarto trimesmtre de 2015, informou o jornal “The Wall Street Journal” nesta segunda-feira.
Reduzir o tamanho da empresa e torná-la mais rentavel poderia melhorar a imagem de Mayer entre os acionistas e investidores, que já manifestaram interesse na troca de liderança da companhia, além da venda de ativos como o negócio de internet do Yahoo.
Os gastos do Yahoo têm crescido e a receita caminhado em sentido contrário. Nos primeiros nove meses de 2015, as despesas operacionais da empresa somaram US$ 3,9 bilhões, o que representa alta de 20% frente ao mesmo período de 2014. A receita, no entanto, caíram 4% para US$ 3,09 bilhões. Segundo o “WSJ”, grande parte do aumento dos custos se deve a acordos fechados por Mayer com a Mozilla Corporation e a Oracle para fornecimento de tráfico na ferramente de busca do Yahoo.
De acordo com o jornal, analistas esperam ganhos antes de juros, impostos, depreciação e amortização de US$ 900 milhões em 2015, o que seria o primero registro de dado anual abaixo de US$ 1 bilhão nos últimos seis anos. A projeção para receita no quarto trimestre é de crescimento para US$ 1,19 bilhão, alta de menos de 1% com relação ao ano anterior.
Marissa Mayer reduziu o número de funcionário para 10,7 mil no trimestre mais recente, afirma o “WSJ”, ante 14 mil em 2012, antes da CEO assumir. No ano passado, 1,8 mil postos de trabalho foram cortados nos nove primeiros meses do ano, principalmente trabalhadores de escritórios fora dos Estados Unidos, como Índia, Canadá e China.
Executivos de grandes empresas de mídia, como a Verizon, já expressaram publicamente interesse em comprar o Yahoo. No entanto, o quadro executivo da empresa descarta qualquer negociação séria sobre o assunto, informaram fontes próximas à questão do “WSJ”.