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CEO do instituto ensina o que faz de uma empresa um Great Place to Work

CEO global do Great Place to Work, Michael Bush
“O que era bom o bastante para ser considerado "great" 10 ou 20 anos atrás, hoje não basta mais”, sentencia o CEO global do Great Place to Work, Michael Bush (Foto: Patrícia Basilio)

O otimismo é o principal diferencial entre brasileiros e os demais profissionais no panorama de negócios mundial. A avaliação é de Michael Bush, CEO global do Great Place to Work —  instituto que pesquisa o ambiente de trabalho de mais de 10 milhões de profissionais em 56 países, anualmente. “Os brasileiros são os mais empreendedores do mundo. Mesmo com a constante pressão econômica e política do país, encontram uma forma para construir um amanhã melhor”, afirmou o norte-americano.

Em um evento para executivos, realizado em São Paulo, Bush afirmou que, embora o perfil varie no mapa, as empresas com o selo GPTW têm similaridades em todo o mundo. “O mesmo ocorre com a expectativa dos funcionários com relação à companhia em que eles trabalham: todos querem ser respeitados, ter uma boa relação com os colegas e atuar em um ambiente de transparência e igualdade”, explicou o CEO.

De acordo com Bush, o desafio de momento para as companhias é lidar com as rápidas mudanças do mercado — provocadas, principalmente, pela tecnologia, mas também pela própria força de trabalho. “O que era bom o bastante para ser considerado "great" 10 ou 20 anos atrás, hoje não basta mais”, comparou. O executivo avalia, ainda, que millennials personificam essa transformação: expressam suas opiniões e preocupações publicamente, desejam receber críticas na hora, mas, quando se sentem valorizados, fazem carreira na mesma empresa — ao contrário do que muitas pessoas pensam.

Um estudo do GPTW mostra que a taxa de retenção desses profissionais é 20 vezes maior em empresas que possuem um ambiente de trabalho agradável. O contrário, por sua vez, faz o índice de rotatividade dessa geração ser até três vezes maior do que o observado entre os baby boomers e a geração X. “Os millennials querem receber mais feedback do que seus pais. Eles já têm troféus e medalhas da faculdade no quarto e agora querem obter conhecimento e crescer na carreira”, disse Bush, aconselhando os líderes a conversar com a equipe - pelo menos - a cada três meses.

Empresas inovadoras largam na frente

Autor do livro “A Great Place to Work for All” (Um excelente ambiente de trabalho para todos, em tradução livre), Bush reforçou que empresas realmente excelentes prezam pela diversidade e investem constantemente em inovação.

Dados do instituto, inclusive, mostram que as companhias que mais inovam têm crescimento do faturamento até três vezes superior ao de companhias com posicionamento contrário. “Muitos CEOs reclamam que não estão inovando o suficiente. E quando isso acontece, as boas ideias vão embora. Às vezes, os profissionais criam startups que viram até concorrentes das empresas onde trabalhavam”, alertou.

Para que problemas como esses sejam cortados pela raiz, Bush aconselhou os líderes a sempre questionarem o objetivo da companhia onde trabalham. Assim, poderão listar prioridades e alinhar discurso com clientes, funcionários e parceiros. “Em empresas excelentes, os CEOs conversam com a equipe a cada dois meses para reforçar o porquê da companhia existir e assumir falhas. Em fase de inteligência artificial, a inteligência emocional é diferencial”, defende Bush.

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