A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) afirmou hoje esperar que o crescimento econômico na região desacelere para 3,7% em 2012, de 4,3% este ano. A explicação para isso é em grande medida fruto do crescimento econômico menor no mundo e da incerteza nos mercados financeiros internacionais.
Em relatório, a Cepal afirmou que sua estimativa para o ano implica um crescimento na produção per capta de 3,2%, com desigualdade dentro da região: 4,6% na América do Sul, 4,1% na América Central e apenas 0,7% no Caribe.
A comissão também destacou a desaceleração no crescimento este ano, dos 5,9% registrados em 2010. Isso apesar de muitos países terem crescido mais, alguns se recuperando de desastres naturais como Chile e Haiti, outros como a Venezuela e a Equador auxiliados pelos altos preços do petróleo, e outros, particularmente na América Central, auxiliados pelo aumento na demanda dos EUA por suas exportações e por remessas de dinheiro maiores para essas nações.
A Cepal adverte que a região não está imune à incerteza global.
"Há uma grande possibilidade de uma crise profunda na zona do euro, o que afetaria de modo significativo a economia global como um todo e também nossa região primariamente através da economia real (exportações, preços, investimento estrangeiro, remessas e turismo) e da economia financeira", afirmou a secretária-executiva da Cepal, Alicia Barcena.