Um balanço elaborado pela Divisão de Desenvolvimento Econômico da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), divulgado nesta terça-feira (29), prevê que a região cresça 2,7% em 2014. Segundo a comissão, a estimativa se deve ao dinamismo limitado que as economias da região vêm apresentando.
A previsão de 2,7% de crescimento é um pouco superior à de 2013, que foi de 2,5%, mas inferior à previsão feita em dezembro, que foi de 3,2%. Segundo o relatório, embora as economias norte-americana e europeia estejam se recuperando da crise financeira de 2009, o contexto externo ainda é de incertezas. O estudo mostra que os países desenvolvidos devem crescer 2,2% em 2014, o que representa um avanço significativo em comparação com os 0,3% registrados entre 2007 e 2010.
Já a China, um dos principais parceiros comerciais da região, requer cautela dos latinos. O país estabeleceu uma meta de crescimento de 7% para este ano, mas o ritmo lento de crescimento da indústria é um fator de risco. O baixo crescimento das maiores economias da América Latina, o Brasil - que cresceu 2,3% em 2013 -, e o México - que avançou 3% no ano passado - também foi apontado pela Cepal como razões do recuo das projeções para este ano.
O balanço também analisa as situações da Argentina, que no início deste ano tomou várias medidas para enfrentar o desequilíbrio econômico, e da Venezuela, que vem enfrentando altas taxas de inflação e escassez de bens básicos. A previsão da Cepal é de que a Argentina cresça apenas 1% e de que a Venezuela sofra contração de 0,5% na atividade. Por outro lado, a previsão é de crescimento acima de 5% para Panamá, Bolívia, Peru, Equador, Nicarágua e República Dominicana em 2014.
Ao mesmo tempo em que destaca a heterogeneidade do desenvolvimento econômico dos países, o documento explica que, de uma forma geral, a geração de empregos diminuiu na região, ainda que não tenha provocado crescimento significativo na taxa de desemprego. O mesmo ocorreu com os salários reais, que cresceram pouco e diminuíram a demanda interna dos países em consumo e investimento.
Sobre a inflação, a comissão não espera grandes mudanças para os países da região, ainda que a previsão seja de aumento da média regional, que deve se manter no patamar entre 3% e 6%. O documento analisa, com base nos dados econômicos divulgados por todos os países, a influência da atividade externa no desenvolvimento das economias regionais, levando em consideração variáveis como política monetária, mercado cambial e política fiscal.
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