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MOBILIZAÇÃO

Cerca de 13 mil bancários cruzam os braços em Curitiba ; agências seguem fechadas

Paralisação em todo o país completa uma semana nesta terça (13) | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Paralisação em todo o país completa uma semana nesta terça (13) (Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo)

Bancários de Curitiba e região se reuniram nesta terça-feira (13) para discutir os rumos da greve, que completa uma semana com agências fechadas e trabalhar para o “fortalecimento e mobilização” da categoria, segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. A assembleia não teve o caráter deliberativo (não houve votação).

Segundo o sindicato, 255 agências bancárias e 11 centros administrativos encontram-se em greve nesta terça-feira – a estimativa é de 12,9 mil bancários de braços cruzados na região, o que corresponde a 70% da categoria. Também segundo o sindicato, a mobilização avançou em mais cidades da região metropolitana, incluindo Campo Largo, Balsa Nova, Lapa, Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Fazenda Rio Grande e parte de São José dos Pinhais.

Em todo o Paraná, apuração da Fetec-CUT-PR registra 644 agências paradas nas bases de Apucarana, Arapoti, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Curitiba, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama, com aproximadamente 17,9 mil bancários sem trabalhar.

Ainda não há qualquer indicativo do fim da greve. Segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, o comando nacional da paralisação aguarda uma nova proposta dos bancos, representados pela Fenaban, o que ainda não teria ocorrido.

Reivindicações

Os bancários pedem reajuste de 16% nos salários (reposição da inflação mais aumento real de 5,7%), piso salarial no valor de R$3.299,66 e plano de carreira para todos os funcionários com reajuste anual de 1%. Além disso, os bancários querem auxílio-refeição, alimentação e creche o valor de R$ 788 cada e Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 7.246,82 fixos.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu aos trabalhadores um reajuste de 5,5%, mais abono de R$ 2.500 que não será incorporado ao salário.

Consumidor

Apesar da greve dos bancários, os prazos de vencimento de faturas, boletos bancários e outros tipos de cobrança continuam valendo. Os consumidores que não querem pagar juros e multa devem usar os caixas eletrônicos ou canais de atendimento pela internet para pagar suas dívidas, orienta o Procon-PR. A mesma dica vale para as pessoas jurídicas.

Para quem não é cliente de nenhuma agência, a alternativa é entrar em contrato com o credor e negociar outras formas e lugares alternativos para o pagamento, como Casas Lotéricas e a própria sede da empresa. De acordo com o Procon-PR, os consumidores devem anotar os números de protocolo de atendimento para que possam reclamar caso o credor não ofereça opções de lugares para quitar a dívida.

O Procon-PR afirma que os canais de autoatendimento devem continuar funcionando normalmente, por isso não é necessário tirar dinheiro imediatamente. Mas, em greves anteriores, já aconteceram casos isolados de falta de envelopes para depósito e dinheiro em caixas eletrônicos.

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