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Cervejaria da Dinamarca decide investir no Brasil

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Mesmo após perder por quatro a zero para o Brasil no futebol masculino na primeira fase da Olimpíada, a Dinamarca pretende aumentar os investimentos no Brasil. Quem lidera essa estratégia é a fabricante de cerveja Harboe, uma das maiores do país nórdico e que tem ações negociadas na Bolsa de Valores de Copenhague.

Presente em 90 países, a Harboe tem fábricas na Dinamarca, Alemanhã e Estônia, e uma produção anual de cerca de 4 milhões de hectolitros de cerveja. Desse total, um milhão é vendido mundo afora. Segundo Tomás González Viganó, gerente para a Europa e América do Norte da Harboe, o objetivo é distribuir até 20 mil litros de sua principal marca no país, chamada de Bear Beer, em até um ano. Por isso, diz ele, o primeiro passo é investir em comunicação de marca.

E o investimento em marketing é fundamental, dizem especialistas. Isso porque, ao contrário das cervejas belgas e alemã, as dinamarquesas ainda não são conhecidas do grande público, apesar de serem de “puro malte” e com índices de álcool de até 12%, considerado forte por especialistas. Para crescer no Brasil, a Harboe, diz Viganó, selou parceria com a distribuidora Poli Alimentos, de São Paulo. Robson Grespan, gerente comercial da companhia brasileira, diz que o objetivo inicial é vender as cervejas no Rio de Janeiro e em São Paulo para o público jovem.

“Depois, vamos ampliar para Centro-Oeste e Nordeste. Os preços médios serão entre R$ 12 e R$ 15. Temos até uma versão de gengibre sem álcool. A ideia é pegar um público intermediário, que já consome as principais marcas pilsen, mas ainda não chegou nas marcas premium. Para 2017, vamos ampliar o portfólio. Queremos que em 2020 o Brasil seja um dos dez países mais importantes da companhia”, adianta Viganó.

A cervejaria dinamarquesa foi fundanda em 1863 pela família Harboa, que já está em suas terceira geração e é hoje dona de mais de 50% das ações da companhia. Além de cerveja, a companhia produz bebidas em geral e fornece corantes para as principais multinacionais do mundo, como Nestlé e Mondelez.

“Temos 600 empregados em todo o mundo. A busca pelo Brasil é simples, pois o mercado tem um potencial de crescimento muito grande, diferente da Europa. O bloqueio do mercado russo atrapalhou um pouco, pois a Rússia é um mercado muito grande”, diz Viganó.

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