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Alimentação

Cesta básica do curitibano sobe 2,8% e tem quarta maior alta do país

A batata foi o produto que mais subiu no mês de novembro em Curitiba. Alta de quase 20% | Valterci Santos/Agência de Notícias Gazeta do Povo
A batata foi o produto que mais subiu no mês de novembro em Curitiba. Alta de quase 20% (Foto: Valterci Santos/Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Curitiba está entre as quatro capitais brasileiras que tiveram as maiores altas no valor da cesta básica no mês de novembro. O conjunto de gêneros alimentícios subiram 2,8% e fecharam o mês custando R$ 222,67, segundo levantamento Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta quarta-feira (2). A capital paranaense ficou atrás apenas de Fortaleza (6,97%), Goiânia (4,04%) e Natal (3,71%).

A batata e a banana foram os produtos que mais pesaram no bolso do consumidor curitibano. O Dieese apurou que a banana subiu 13,58% e o preço da batata chegou a aumentar quase 20%. Outros produtos que tiveram elevação são: açúcar (8,57%), tomate (7,39%), óleo de soja (6,79%), manteiga (5,83%). Do outro lado da balança, o leite foi o que mais caiu, com redução de 6,82% no preço. A carne também teve destaque com redução de 1,32% no custo.

Segundo o Dieese, o trabalhador gastou, em média, R$ 7,42 por dia com alimentação no mês de novembro. Para conseguir comprar todos os alimentos, o curitibano que ganha salário mínimo teve trabalhar praticamente metade da carga horária estipulada em lei de 220 horas.

Ainda pelos cálculos do departamento, o trabalhador deveria receber um salário mínimo equivalente a R$ 2.139,06 para suprir as necessidades básicas da família, conforme a determinação constitucional no que se refere a garantia de acesso à alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O valor equivale a 4,6 vezes o mínimo vigente no país, que é de R$ 465.

Brasil

O custo da alimentação subiu em 14 das 17 capitais onde o Dieese realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Porto Alegre, a capital gaúcha, possui a cesta mais cara do país, R$ 254,62. A mais barata é de Aracaju, a capital do Sergipe, onde a alimentação custava R$ 167,87 em novembro. Apesar da alta em novembro, no acumulado do ano, a cesta básica em Curitiba ainda registra redução de 2,93%.

Apesar da predominância de alta, o único item com aumento em todas as 17 capitais, em novembro, foi o óleo de soja, devido à maior demanda da soja no mercado internacional. Os maiores aumentos foram apurados em Porto Alegre (8,48%), João Pessoa (8,46%), Goiânia (7,59%) e Manaus (7,14%) e a menor elevação ocorreu em Aracaju (0,40%).

O pão teve alta em 10 capitais, com as maiores taxas apuradas em Manaus (3,98%) e Curitiba (1,99%). O leite ficou mais barato em 14 capitais, em novembro, em particular em Florianópolis (-8,68%), Curitiba (-6,82%) e Rio de Janeiro (-6,45%).

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