Frutas e vegetais, que fazem parte da lista de produtos da cesta básica, também devem ter redução de preço nos próximos dias| Foto: Roberto Custódio / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Abras: preços da cesta básica caem nesta terça-feira

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Fernando Teruo Yamada, disse nesta segunda-feira que os produtos da cesta básica que passaram por redução de impostos devem ficar mais baratos para o consumidor a partir desta terça-feira (12). De acordo com Yamada, as carnes e os produtos de higiene devem cair numa média de 6%, enquanto os demais itens que compõem a cesta básica devem diminuir 3%.

Segundo ele, a desoneração integral da cesta, anunciada pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira (08), deve chegar ao consumidor em até duas semanas. Isso porque parte deste repasse também depende da indústria. Yamada reuniu-se, no Ministério da Fazenda, com representantes do comércio e da indústria e com o ministro Guido Mantega.

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Os preços dos produtos da cesta básica devem ficar mais baratos no Paraná até o fim desta semana. A previsão da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), divulgada nesta segunda-feira (11), é de que haja uma redução, em média, de 9% na cotação desse tipo de mercadoria. Fazem parte da lista carnes (bovina, suína, aves e peixe), arroz, feijão, ovo, leite integral, café, açúcar, farinhas, pão, óleo, manteiga, frutas, legumes, sabonete, papel higiênico e pasta de dentes.

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A remarcação de preços, segundo o presidente da Apras, Cesar Tozetto, ocorre quando as mercadorias começam a ser repostas nas gôndolas. "A medida da presidente Dilma foi anunciada na sexta-feira à noite. No sábado, algumas empresas de contabilidade trabalham, já começaram a ir atrás do diário oficial, saber os detalhes da medida e já reduziram os preços de alguns produtos. Outras começaram apenas hoje (11) a busca por operacionalizar o desconto", diz.

A entidade conta com mais de 2 mil empresas associadas no Paraná, com um total de 2,9 mil lojas. Tozetto estima que em cada supermercado de médio porte, aproximadamente 500 itens precisam passar por uma remarcação de preços. Isso implica, conforme o presidente, mudanças no sistema de informática utilizado para o gerenciamento e, em alguns casos, renegociação de pedidos de mercadoria feitos a fornecedores na última semana.

"Foi uma medida que nos pegou de surpresa, não foi prévia, passou a entrar em vigor na data de sua publicação. Hoje, os setores comerciais que já tinham pedidos feitos, por exemplo, na quinta-feira, nós retomamos o contato para saber se ele [fornecedor] já faturou o pedido na semana passada. Obviamente que já pedimos que ele fature com a redução do preço para que tenhamos uma nova situação mais benéfica", relata Tozetto.

Sobre a avaliação do setor a respeito da medida de isenção de impostos, o presidente relata que a novidade é vista com otimismo. "Dentro do orçamento das pessoas, os itens básicos, especialmente nas famílias de classes sociais menos privilegiadas, essa é uma ação importante na renda dessas pessoas, que são muitas. Isso vai causar um ganho de renda e fazer as pessoas terem acesso a algo mais", opina.

Redução da inflação

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A redução nos preços faz parte de uma estratégia do governo federal para tentar conter um possível aumento da inflação, anunciada na última sexta-feira (8). A medida foi divulgada durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão por ocasião do Dia Internacional da Mulher. Para diminuir o preço, os itens da lista tiveram decretada isenção no recolhimento dos impostos PIS/Cofins e IPI.

A redução a zero de impostos federais para a cesta básica fará o governo deixar de arrecadar R$ 5,54 bilhões em 2013, conforme informações divulgadas pelo Ministério da Fazenda também na sexta (8). Desse total, o maior impacto virá da desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para oito tipos de produtos, que resultará na perda de R$ 5,11 bilhões.