O consumidor voltou a pagar mais pela cesta básica no mês de outubro, depois de boa parte das capitais ter registrado queda de preços em setembro. É o que aponta a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De 17 capitais brasileiras pesquisadas, o valor dos produtos fundamentais à alimentação subiu em dez localidades.
A cidade de Porto Alegre foi onde a cesta básica apresentou a maior alta, de 1,93%, seguida por Curitiba (1,61%) e Vitória (0,95%). Em todas as capitais do Nordeste houve recuo de preços. A pesquisa mostra que as quedas mais significativas foram verificadas em Natal (-2,63%) e Fortaleza (-2,22%). Fora da região nordestina, os consumidores de São Paulo também gastaram menos na hora de adquirir produtos básicos (-0,08%).
Café com leite
Com a alta de 1,61% registrada em outubro, a cesta básica curitibana passou a custar R$ 245,97, a oitava mais cara do país. De acordo com o Dieese, o custo da ração alimentar essencial mínima para uma família curitibana (um casal e duas crianças) foi de R$ 737,91, sendo necessário 1,35 salário mínimo para satisfazer as necessidades do trabalhador e sua família com alimentação.
Os produtos que mais subiram no mês passado foram açúcar (4,07%), café (3,65%) e leite (2,45%). Na outra ponta, tomate (com queda de 9,44%), banana (-5,43%) e batata (-4,72%) puxaram para baixo os custos da cesta.
Feijão com arroz
No acumulado de janeiro a outubro de 2011, o custo da alimentação essencial caiu em apenas quatro capitais Natal, Fortaleza, Goiânia e Manaus. A maior alta foi em Porto Alegre, de 9,99%.
Em Curitiba, o aumento acumulado no ano é tímido, de 0,82%. Os produtos que mais subiram em 2011 foram tomate (alta de 51,46% até outubro), café (26,26%) e óleo de soja (9,34%). Os itens com maior deflação, por sua vez, foram banana (-17,99%), feijão (-13,23%) e arroz (-8,62%).