São Paulo - O preço médio da cesta básica em agosto subiu em dez de 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Curitiba teve a terceira maior alta, de 2,19%. Porto Alegre, com o segundo maior aumento (4,49%), tomou o lugar de São Paulo e agora tem a cesta básica mais cara do país R$ 271,25, contra R$ 266,75 da capital paulista.
Em Curitiba, o tomate foi o produto com a maior alta em agosto, seguido pelo açúcar e pela banana. Entre os produtos cujo preço caiu, o destaque foi para a batata e para o óleo (confira no quadro). Dos 13 itens pesquisados, sete aumentaram de preço, cinco baixaram e o arroz permaneceu estável. No acumulado do ano até agosto, na capital paranaense, o tomate também é o líder de alta, bem à frente do café e da manteiga.
Salário mínimo
O salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 2.278,77 em agosto, segundo projeção do Dieese este valor é 4,18 vezes o piso hoje em vigor, de R$ 545. A projeção para agosto supera o salário estimado para julho (R$ 2 212,66), que correspondia a 4,06 vezes o valor do mínimo, e para agosto do ano passado (R$ 2.023,89), que equivalia a 3,97 vezes o piso da época. Para o cálculo do salário mínimo ideal, o Dieese leva em conta o montante necessário para o trabalhador e sua família suprirem as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Para pagar a cesta básica de agosto, o trabalhador curitibano que recebe salário mínimo e tem carga horária de 220 horas mensais precisou cumprir uma jornada de 98 horas e meia, tempo superior ao apurado em julho, que foi de 96 horas e 23 minutos. Em agosto de 2010, essa jornada era de 92 horas e 34 minutos.