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Alimentos

Cesta básica sobe em Curitiba e 10 capitais

A cesta básica em Curitiba ficou 2,51% mais cara em setembro, depois de quatro meses seguidos em queda. Em outras dez das dezesseis capitais onde o Dieese faz a pesquisa mensal, a cesta básica apresentou variação positiva. Apesar do resultado deste mês, o índice apresenta queda de 10,49% no acumulado do ano – maior queda entre as capitais – e leve alta de 0,20% nos últimos doze meses.

Os produtos que pressionaram para cima o custo na capital paranaense foram o tomate (43,16%), recordista em oscilação, e a banana (6,13%). "O preço das frutas e verduras, em geral, depende da oferta e da demanda.

Com as últimas geadas diminuiu a oferta e o preço subiu", diz Ricardo Miquilussi, da Associação dos Feirantes de Curitiba. "A banana recuperou parte da queda no preço sofrida em agosto", diz o economista do Dieese Sandro Silva.

A carne, que teve alta de 2,9%, é o produto de maior peso na cesta básica brasileira, segundo Silva. Em 12 meses, o produto acumula alta de 8,7% na capital paranaense. Para o economista do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne), Gustavo Fanaya, o aumento do preço do produto pode ser explicado pelo fim do período de 180 dias depois do sacrifício dos animais dos sete focos de febre aftosa decretados no estado.

"Acredito no otimismo dos produtores, que prevendo demanda maior a partir de agora subiram o preço da arroba e podem estar retendo animais. Não há outra explicação. É verdade também que o preço da carne esteve em baixa na maior parte do ano em função do episódio da aftosa." Fanaya acredita na estabilização do preço até o fim do ano.

Os produtos que registraram queda nos preços na capital paranaense foram a batata (-19,23%) e o feijão (5,47). Consequência da estabilização do preço, no caso da batata, que no fim do ano passado fechou em alta, e da boa safra, no caso do feijão.

Peso no bolso

Apesar da alta no preço em setembro, o Dieese mantém a estimativa de queda no comprometimento do salário mínimo com a cesta básica. Em 1994, 95,43% do salário mínimo era destinado aos alimentos da cesta básica.

O comprometimento tem caído ano a ano desde então, e é previsto para 48,69% em 2006. "Reflexo tanto do controle da inflação quanto do aumento real do salário mínimo", diz Sandro Silva.

A pesquisa de preços de produtos de higiene e limpeza divulgada pelo Dieese em parceria com a Federação dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (Feaconspar) mostrou queda de 0,21% nos preços – com redução de 0,55% nos itens de limpeza e estabilidade nos de higiene (0,02%).

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