A cesta de tarifas públicas, que têm preços monitorados ou administrados por contrato, subiu 1,07% em agosto ante julho na região de Curitiba. É o maior aumento mensal do ano, influenciado pela alta da gasolina. O último aumento acima de 1% ocorreu em outubro do ano passado. No acumulado do ano a alta é de 0,96%. A variação nos 12 meses é de 2,21%, inferior aos índices de inflação.
O preço dos combustíveis começou a subir no fim de julho devido a aumento da margem de lucro dos postos. A alta da gasolina foi de 2,8% em julho ante junho, e de 3,9% em agosto.
Desde então, o preço está estável na capital, a R$ 2,47 em média. O desvio-padrão (diferença praticada pela maioria dos postos em relação à média) é pequeno, de R$ 0,04. O álcool acompanha, mantendo-se em torno de R$ 1,382.
A margem média de lucro no mês foi de 17% (aplicada sobre o preço da distribuidora), e a do álcool, de 32%. Historicamente, ela é de 10%. O Ministério Público tenta, desde 2005, estabelecer as margens em 11% e 30%, respectivamente, mas a medida não está em vigor no momento.
No ranking nacional por capitais, Curitiba tem o sétimo menor preço, mesma posição ocupada pelo Paraná na comparação de preço entre estados. Normalmente, ambos ocupam o segundo ou terceiro lugar entre os locais de menor preço.
A cesta também foi influenciada pelo aumento da assinatura básica do telefone fixo. A alta de 2,12% foi anunciada dia 20 julho, e parte dela (1,3%) incidiu na cesta de agosto. Para o restante do ano, está prevista a alta do minuto do telefone fixo, que deve ser autorizada em outubro. Ela vem depois do reajuste da assinatura para que o consumidor não se confunda quanto à mudança da cobrança de pulsos para minutos.
Reajuste que resta incerto é o de água e esgoto. "O estado condicionou a alta à realização de um aporte de capital na Sanepar", diz o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná, Ulisses Kaniak, que coordena a pesquisa da cesta junto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
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