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Uma auditoria feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) encontrou irregularidades no pagamento do Auxílio Emergencial durante a pandemia. Segundo o relatório, houve casos de uso de CPF de mortos para receber o benefício, menores de idade na lista, pessoas com renda acima do permitido, casos de pessoas empregadas que conseguiram o auxílio, pagamento a servidores públicos federais e militares, entre outro casos. Somados todos os pagamentos apontados como irregulares, o prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 9,4 bilhões. De acordo com o documento da CGU, aproximadamente 5,2 milhões de pessoas conseguiram receber o auxílio indevidamente.
“Os cruzamentos de bases de dados tiveram o objetivo de avaliar se os pagamentos foram realizados em observância aos critérios de elegibilidade definidos nas legislações específicas e, dessa forma, apresentar subsídios ao Ministério da Cidadania na condução de suas ações”, informou a Controladoria-Geral da União. A pasta ainda não se manifestou sobre o problemas relatados pela auditoria.
De acordo com a CGU, a auditoria encontrou 135 mil casos de pagamento para beneficiários com indicativo de óbito. Quase 2 milhões de pessoas com vínculo empregatício formal ativo registrado na guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social também receberam o Auxílio Emergencial. O relatório da CGU registrou ainda 58,9 mil beneficiários que fazem parte da ativa das Forças Armadas, 42 servidores públicos federais, um com cargo eletivo, 411 menores de 18 anos, entre outras categorias.
Para ajudar a reduzir os efeitos da pandemia para os trabalhadores que ficaram sem renda, o governo federal fez o pagamento de nove parcelas em 2020 e de outras sete em 2021. No total, o repasse feito por meio do Auxílio Emergencial foi de aproximadamente R$ 359 milhões.