A gigante alimentícia JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, foi multada em R$ 170 milhões pela Controladoria-Geral da União (CGU) por “pagamento de propina” a um auditor fiscal federal agropecuário que fiscalizava uma planta da empresa em Mozarlândia (GO).
De acordo com a decisão tornada pública na manhã desta quinta (23), a “vantagem indevida” foi paga por contas de pessoas físicas e pela da própria empresa no valor de R$ 381,5 mil ao auditor do Ministério da Agricultura entre os anos de 2012 e 2017.
“O ilícito foi trazido à tona durante a Operação Conduta de Risco [da Polícia Federal], conduzida pela Polícia Federal. No curso do inquérito policial, após o afastamento do sigilo bancário do servidor público, foi possível identificar depósitos mensais em sua conta realizados pela pessoa jurídica e seus empregados”, apontou a CGU.
Na época, a operação apurava o pagamento de R$ 160 milhões para acelerar a liberação de R$ 2 bilhões em créditos tributários à empresa. Pouco depois, Joesley e Wesley Batista se afastaram do conselho de administração da companhia – e retornaram neste ano.
À Gazeta do Povo, a JBS afirmou que a decisão da CGU ainda cabe recurso e que "os pagamentos efetuados dizem respeito a horas extras, e ocorreram de acordo com art. 102, item 18 do Decreto 30691/1952, que vigorou até 2017".
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