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Petróleo

CGU pede informações à Petrobras sobre contratos com empresa suspeita de suborno

A Controladoria-Geral da União (CGU), órgão do governo federal de combate à corrupção, pediu na semana passada informações à Petrobras sobre contratos da estatal com a empresa holandesa SBM Offshore. A companhia estrangeira está sendo investigada fora do país por pagamento de suborno para obter contratos em vários locais do mundo, entre eles o Brasil.

A Controladoria pediu à Petrobras que encaminhe todos os contratos que mantém com a SBM e também auditorias internas relativas a esses compromissos. A companhia informou recentemente que fará uma auditoria nos contratos.

A petroleira terá um prazo não informado para responder os questionamentos e, segundo a CGU, após receber as respostas será feita uma análise para saber se haverá necessidade de abrir um procedimento na controladoria ou acompanhar as providências da auditoria interna da companhia.

Denúncia

Na última quinta-feira, o jornal "Valor Econômico" informou que um suposto ex-funcionário da empresa holandesa havia revelado detalhes do esquema em uma postagem na Wikipedia, em outubro de 2013.A postagem relaciona a Petrobras entre as empresas para as quais a SBM teria pago propina, com volume da ordem de US$ 139 milhões, entre os anos de 2006 e 2011. Segundo o material, o objetivo, basicamente, era acelerar o fechamento de contratos.

No ano passado, a SBM havia informado aos investidores que corria o risco de ser condenada pela justiça nos Estados Unidos e na Holanda em investigações sobre "indicações de substanciais pagamentos", em "práticas comerciais impróprias", feitas "majoritariamente por intermediários".

A empresa diz que descobriu os pagamentos em investigação interna e que voluntariamente levou as informações à Justiça nos dois países. Também no ano passado, a SBM fechou contrato para afretar duas plataformas para atender o campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. O contrato vale por 20 anos e tem valor de R$ 3,5 bilhões.

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