A chanceler alemã, Angela Merkel, comemorou neste sábado (30) o acordo da Alemanha com o grupo de peças automotivas canadense Magna, a General Motors e o governo norte-americano para a aquisição da Opel, braço europeu da GM que emprega mais de 25 mil pessoas na Alemanha. Segundo ela, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ajudou a desenhar o acordo com um telefonema na sexta-feira (29).
"Eu falei por telefone com o presidente norte-americano ontem e acertamos que tínhamos de fazer tudo o que fosse possível para obtermos um bom resultado para esta complicada tarefa", afirmou Merkel a repórteres.
"Essa conversa claramente influenciou as negociações na noite passada." Isso ajudou a tirar as barreiras sobre o financiamento, que ameaçavam arruinar toda a transação, segundo a Reuters.
O acordo selado após seis horas de negociações no gabinete de Merkel ainda precisa de aprovação final, mas parece ter imunizado a Opel de um possível processo de concordata da GM.
Espera-se que o governo alemão faça um empréstimo-ponte de 1,5 bilhão de euros para o negócio. Mesmo assim, 2,5 mil vagas na Alemanha podem ser cortadas. A Magna, em consórcio banco russo Sberbank e a montadora de caminhões russa Gaz, afirmou que injetará mais de 500 milhões de euros na Opel.
O acordo para resgatar a montadora Opel foi um teste para as relações transatlânticas que terminaram bem, afirmou a chanceler alemã. "As negociações foram também um teste para as relações transatlânticas."
Oliver Burkhard, líder do sindicato de metalúrgicos IG Metall, no Estado da Renânia do Norte-Westfália, afirmou que uma salvação era palpável. "Agora podemos olhar para a frente", afirmou. "Agora o verdadeiro trabalho começa. A única coisa certa é que a Opel continuará."
Como a matriz GM, a Opel sofreu muito com a recessão global. Seu destino foi seguido de perto pela Alemanha, onde a indústria automobilística permanece como um potente símbolo da recuperação pós-guerra e da economia exportadora da nação.
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