O barril de petróleo chegará aos US$ 200 se os Estados Unidos atacarem o Irã ou agredirem novamente a Venezuela, advertiu neste sábado (17) o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na abertura da Cúpula da Opep, em Riad.

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A organização, que reúne alguns dos principais produtores de petróleo mundiais, iniciou neste sábado sua terceira reunião de cúpula em 47 anos de história. Participam do encontro os chefes de estado de 11 países, entre eles o presidente do Equador, Rafael Correa, mas sem os líderes da Líbia e da Indonésia.

Os preços do petróleo vêm registrando fortes altas nos últimos meses. No início do mês, o barril negociado em Nova York atingiu o valor recorde de US$ 98,62. A desvalorização do dólar, a chegada do inverno no hemisfério norte e principalmente as tensões geopolíticas em regiões produtoras, como o Irã e a Turquia, têm exercido forte influência sobre o preço do combustível.

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A reunião deste final de semana estará voltada para repensar o papel da entidade, num momento em que o preço do barril se aproxima dos US$ 100. A OPEP foi criada em 1960 voltada para conter os preços do petróleo, mas já perdeu parte de seu poder de manobra.

Os representantes da Opep voltam a se encontrar num momento histórico, ante a ameaça de estremecimento nas relações entre Estados Unidos e Irã e o surgimento dos biocombustíveis como alternativa à energia fóssil.

Com a chegada do Equador, que se tornará o menor membro da Opep na conferência de Riad, o cartel voltará a contar com dois membros latino-americanos. Os outros são Angola, Argélia, Indonésia, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.