O presidente venezuelano Hugo Chávez prometeu na quinta-feira reduzir o imposto sobre valor agregado da Venezuela para combater a inflação mais alta da América Latina, apesar da adoção de mecanismos de controle de preços terem gerado escassez de carne e açúcar em supermercados.
Chávez informou que vai reduzir o IVA em 5 pontos percentuais, para 9,5 por cento, até julho, em uma medida que custará anualmente ao governo até 8 trilhões de bolívares (3,7 bilhões de dólares) em receita, mas também reduzirá a inflação em 3 pontos percentuais.
O mandatário tem enfrentado oposição e críticas da mídia por conta da inflação de 17 por cento do último ano e tem tentado manter os custos de alimentação baixos apesar dos controles que causaram distorções em cadeias de suprimentos e geraram prateleiras vazias em algumas ocasiões.
O ex-soldado, que está promovendo uma campanha de nacionalização neste ano, reiterou ameaça de estatizar empresas que seu governo acredita estarem colaborando com a inflação ou com a escassez da oferta de alimentos.
Falando em seu programa de televisão ``Alô Presidente'', Chávez instruiu seus simpatizantes e os militares para serem vigilantes e denunciarem tais ``especuladores''.
O objetivo oficial do governo é manter a inflação em até 12 por cento este ano.
Chávez informou que o IVA será reduzido em uma primeira fase em 1o de março em 3 pontos percentuais e de novo, em 2 pontos, em 1o de julho.
Para compensar a perda de receita, Chávez informou que seu governo criará novos impostos, incluindo um que envolverá a propriedade privada dos mais ricos.