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Pesquisa de juros feita pela Associação Nacional de Exe­cutivos de Finanças, Admi­­nistração e Contabi­li­dade (Ane­fac) apurou que, após três reduções consecutivas, as taxas de juros das operações de crédito para pessoa física e jurídica voltaram a subir em novembro. Quem utilizar o cheque especial, por exemplo, pagará a maior taxa de juros desde 2005. Segundo a Anefac, os juros mensais do cheque especial foram de 8,41% em novembro, e a taxa anual é de 163,53%.

De acordo com o coordenador da pesquisa e vice-presidente da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a elevação dos juros pode ser atribuída ao cenário econômico internacional, especialmente à crise na zona do euro. Miguel lembra que na pesquisa ainda não está computada a última queda da Selic promovida pelo Banco Central. "A redução de 11,5% para 11% ao ano da Selic ainda não está refletida na pesquisa. Só deverá aparecer na pesquisa referente ao mês de dezembro", diz Oliveira.

A taxa de juros média para pessoa física subiu de 6,60% ao mês em outubro para 6,67% em novembro. Com o aumento, o consumidor pagará uma taxa de 117,02% se dividir a compra em 12 vezes. Em outubro, a taxa anualizada estava em 115,32%. Segundo a Anefac, das seis linhas de crédito pesquisadas, apenas uma se manteve estável: a do cartão de crédito rotativo.

Para pessoa jurídica, os juros subiram de 3,89% em outubro para 3,98% em novembro. É a maior taxa de juros para empresas desde julho de 2011. Ao ano, as empresas pagam juros de 59,92% para se financiar.

Para os próximos meses, a perspectiva é de que a taxa de juro na ponta do consumidor retome o ritmo de queda. Isso porque o mercado prevê novas reduções da Selic, como forma de estimular a economia. "A queda dos juros será uma das medidas tomadas pelo governo para evitar uma desaceleração maior da economia", diz Ribeiro de Oliveira.

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