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Infância

Chile investiga pedofilia em escolas

O procurador-geral do Chile, Sabas Chahuán, anunciou ontem que autoridades estão investigando ao menos 200 denúncias de abuso sexual contra menores em 127 instituições de ensino na região metropolitana de Santiago. Segundo Chahuán, 40% dos casos envolvem colégios na zona leste da cidade, considerada a mais abastada da capital. As acusações envolvem até jardins de infância.

Embora ainda esteja em fase de investigação, o caso já provocou o afastamento de um padre que dava aulas e o pedido de demissão da diretora do Colégio Apoquindo, instituição religiosa só de meninas, afetada por uma onda de denúncias.

"Devemos investigar com rigor essas denúncias. Se o responsável é um religioso, um civil ou um militar, não faz diferença. O que interessa é que se puna o delito", disse o procurador.

Chahuán não informou se as escolas em questão são religiosas, ou não. Na escola Apoquindo, a diretora María Eugenia Gandarillas renunciou ao cargo após a pressão de denúncias relacionadas a crimes que teriam sido cometidos contra sete alunas dentro da instituição.

Outras escolas investiga­­das e destacadas pela imprensa chilena são os colégios Cumbres e SEK e as pré-escolas Hijitus de la Aurora e Sunflowers Garden.

Segundo o último relatório do Ministério Público do Chile, houve um aumento de 22% nos casos de abusos sexuais contra menores de 14 anos no primeiro semestre de 2012, em relação ao período anterior no país.

Alarmado com o aumento dos casos, o presidente Se­­bastián Piñera anunciou na semana passada uma série de medidas para combater o abuso sexual infantil, entre elas a criação do cargo de Defensor das Crianças.

"Com pena e indignação vimos como nas últimas semanas surgiram graves denúncias de abusos sexuais cometidos por adultos que tinham a responsabilidade de cuidar, dar formação e proteger. Em vez disso, atentaram contra nossas crianças", disse Piñera.

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