O Chile não pretende elevar o tamanho de sua primeira oferta internacional de títulos da dívida soberana pelo fato de ter sofrido um devastador terremoto em fevereiro, afirmou neste sábado (24) o ministro chileno das Finanças, Felipe Larraín.
O país anunciou na sexta-feira que iria vender 1,5 bilhão de dólares em títulos da dívida no mercado internacional, em sua primeira oferta em seus anos.
"O cenário mais provável é que mantenhamos aquele número. Esse é o mais provável cenário, embora não haja ainda um compromisso," disse Larraín em uma entrevista.
O Chile enfrentará um déficit financeiro de aproximadamente 5,9 bilhões de dólares em 2010, afirmou o ministro.
Larrain comentou ainda que o motivo para não elevar o total da venda - o que não seria um problema para uma economia que é amplamente considerada a mais bem administrada da América Latina - é o impacto que isso teria na taxa de câmbio.
Para conter o déficit, o governo está recorrendo a uma combinação de dívida, seu fundo soberano e venda de ações minoritárias em empresas operando em setores que incluem água, saneamento e imobiliário, disse Larraín.
"Se nós oferecermos um grande título soberano, digamos, o dobro do que anunciamos, os efeitos na taxa de câmbio serão sentidos imensamente porque os mercados vão antecipar que, mais recursos externos, mais dólares, entrarão no mercado."