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Guerra comercial

China alerta para guerra comercial se EUA aprovarem lei do iuan

A China alertou os Estados Unidos nesta terça-feira de que a aprovação de uma lei para obrigar Pequim a permitir a valorização de sua moeda pode causar uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

O banco central chinês e os ministros de Comércio e de Relações Exteriores acusaram Washington de "politizar" questões cambiais e colocar a economia global em risco, depois que senadores norte-americanos votaram na segunda-feira para começar uma semana de debates sobre a lei.

Pequim fez comentários parecidos no ano passado, depois que a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou uma lei cambial que acabou não progredindo no Congresso.

A votação do Senado abriu uma semana de debates sobre o Ato para Reforma da Supervisão do Câmbio, que permite que o governo dos EUA imponha taxações de compensação em produtos de países que subsidiem suas exportações por meio da desvalorização de suas moedas.

"Usando a desculpa do chamado 'desequilíbrio cambial', isso aumentará o problema da taxa de câmbio, adotando uma medida protecionista que gravamente viola regras da OMC e seriamente perturba as relações econômicas e comerciais sino-americanas", disse o porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Ma Zhaoxu, em comunicado publicado no site do governo (www.gov.cn) nesta terça-feira. "A China expressa sua oposição inflexível a isso."

O BC da China disse em comunicado que a lei não resolve questões subjacentes da economia dos EUA.

"A lei do iuan aprovada pelo Senado dos EUA não resolverá seus problemas, como poupança insuficiente, alto déficit comercial e alta taxa de desemprego, mas pode afetar seriamente todo o progresso da reforma pela China do regime cambial do iuan e pode também levar a uma guerra cambial que nós não gostaríamos de ver."

O porta-voz do Ministério de Comércio, Shen Danyang, disse que os EUA estão tentando culpar outros por suas próprias falhas.

"Tentar transferir disputas domésticas para outro país é injusto e viola regras internacionais, e a China expressa sua preocupação", disse ele em comunicado.

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