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Em marcha lenta

China anuncia novas medidas de suporte após economia mostrar fraqueza

A China anunciou nesta sexta-feira (16) novas medidas de suporte para sua economia após dados mostrarem uma queda preocupante nos empréstimos bancários e o crescimento do investimento estrangeiro recuar para o menor nível em dois anos.

O banco central informou que vai emprestar 50 bilhões de iuanes (8,1 bilhões de dólares) a bancos a taxa de redesconto para permitir que eles reemprestem o dinheiro a produtores rurais e pequenas empresas -- áreas da economia que estão usualmente sem dinheiro.

A mais recente tentativa de estimular a economia de maneira "direcionada" para ajudar os setores mais vulneráveis foi anunciada no momento em que dados mostraram que o investimento estrangeiro direto na China cresceu apenas 1,7% em 2014, ritmo mais lento desde 2012.

A segunda maior economia do mundo atraiu um recorde de 119,6 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros diretos no ano passado, mas isso representou uma desaceleração forte em relação ao crescimento de 5,3% em 2013, informou o Ministério do Comércio.

"As prioridades da política macroeconômica neste ano é deixar a economia mudar suas marchas sem perder a velocidade", disse Zhu Zhixin, vice-diretor da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, poderosa instituição de planejamento econômico do país.

Afetada pela desaceleração do setor imobiliário, dos investimentos e da indústria, a economia da China provavelmente expandiu 7,2% no trimestre entre outubro e dezembro ante o ano anterior, ritmo mais fraco desde o ápice da crise financeira global, de acordo com pesquisa da Reuters junto a economistas.

Se confirmado, o resultado ficará abaixo da meta do governo de expansão de 7,5% em 2014, marcando o pior desempenho do país em 24 anos. A China deve divulgar o PIB do quarto trimestre no próximo dia 20.

Com analistas apostando em mais fraqueza em 2015, a expectativa é de que a China anuncie mais medidas nos próximos meses.

"Esperamos três cortes na taxa de compulsório neste ano, totalizando 1,5 ponto percentual", disse Ting Lu, economista do Bank of America-Merrill Lynch.

Um corte no compulsório dará aos bancos maior capacidade de emprestar, mas muitos questionam se as empresas vão querer tomar empréstimos já que as condições econômicas se deterioram e se os bancos vão querer correr o risco de mais inadimplência.

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