O Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas em um país, da China cresceu 10,4% cento no quarto trimestre de 2006 na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou o Escritório Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira. Economistas esperavam um crescimento de 10,1%. No acumulado do ano passado, a expansão da economia chinesa foi de 10,7% em relação a 2005, a maior desde 1995, quando o PIB avançou 10,9%.
O crescimento de 10,7% levou o PIB chinês em 2006 a 20,9 trilhões de yuans (US$ 2,69 trilhões). Com isso, a China está mais perto de alcançar a Alemanha no posto de terceira maior economia mundial. O PIB alemão foi de 2,3 trilhões de euros (US$ 2,98 trilhões) em 2006, após crescimento de 2,5%.
Quarta maior economia mundial, a China registra há quatro anos consecutivos um crescimento na casa dos dois dígitos. Nesse ritmo, o país vai ultrapassar a Alemanha como terceira maior economia já em 2008, ano dos Jogos Olímpicos de Pequim. A economia chinesa já havia superado a britânica em 2005.
O PIB chinês praticamente dobrou em cinco anos, graças a uma onda sem precedentes de industrialização, urbanização e investimentos internos, também impulsionados pela adesão da China à Organização Mundial do Comércio (OMC), em 2001.
O PIB chinês agora soma US$ 2,7 trilhões, o que dividido pela gigantesca população de 1,3 bilhão de pessoas dá pela primeira vez uma renda per capita superior a US$ 2 mil, porém, bem abaixo dos US$ 42 mil dos EUA. A renda per capita no Brasil está em torno de US$ 9 mil.
A taxa de crescimento trimestral do PIB chinês se manteve muito acelerada, apesar da adoção de medidas administrativas e monetárias durante 2006, como duas altas de juros seguidas, para tentar segurar um pouco o ritmo da quarta maior economia do mundo.
- A mensagem é que a economia está explodindo, e prevejo que vá crescer 10,7% novamente em 2007 - disse Tim Condon, diretor de pesquisas do mercado financeiro asiático no ING de Cingapura.
Desde abril, o Banco Central aumentou os juros duas vezes e quadruplicou o compulsório bancário (parcela que não pode ser emprestada). Também houve críticas públicas a autoridades nacionais e regionais que abusam dos gastos públicos, falham no planejamento dos investimentos e não respeitam as regras ambientais.
Economistas acham que o governo chinês deve conter a economia elevando mais as taxas de juros, possivelmente neste trimestre, e permitindo que o yuan se valorize mais, o que seguraria as exportações.
"Olhando para 2007, os fatores favoráveis terão um papel útil no desenvolvimento da economia, embora existam incertezas sobre o desempenho da economia mundial e alguns problemas com a economia doméstica'', informou o Escritório oficial em comunicado.
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