Operária de uma fábrica têxtil em Huaibei, na província chinesa de Anhui| Foto: Reuters

A China cresceu mais que o esperado no segundo trimestre, amenizando temores de uma desaceleração forte e fortalecendo a determinção do governo de lutar contra a inflação.

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A agência de estatísticas chinesa disse nesta quarta-feira que a estabilização dos preços continua sendo a prioridade do país.

O Produto Interno Bruto (PIB) chinês avançou 9,5 por cento no segundo trimestre sobre igual período de 2010, ante previsão do mercado de 9,4 por cento. A expansão foi puxada pelo consumo e investimentos domésticos.

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A taxa, no entanto, foi a menor desde o terceiro trimestre de 2009, quando a economia mundial saía de sua pior recessão em 80 anos.

Esse arrefecimento chinês já era esperado e, inclusive, bem-vindo. A China tem elevado os juros e o depósito compulsório em uma tentativa de conter a inflação, que atingiu pico em três anos em junho.

"Esses são números muito bons", disse Liu Li-Gang, economista do ANZ em Hong Kong.

"Essa talvez seja o motivo pelo qual o banco central elevou o juro na semana passada. Eles estão mostrando que não têm medo de uma desaceleração significativa da economia.

Na comparação trimestral, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 2,2 por cento, com ajuste sazonal, uma leve aceleração ante a taxa de 2,1 por cento no primeiro trimestre.

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Analistas dizem que a China está caminhando para uma expansão de 9 por cento neste ano, uma taxa que seria equivalente a adicionar toda a Suíça ao PIB do país, estimado em 6 trilhões de dólares.

Sheng Laiyun, porta-voz da agência de estatísticas do país, disse que a estabilização dos preços é a principal meta do governo, e que as políticas devem ser "flexíveis e efetivas", reiterando comentários recentes do primeiro-ministro, Wen Jiabao.

"Não é fácil, e a China tem feito um ótimo trabalho para manter o crescimento econômico rápido quando a situação global é complexa e volátil."

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A produção industrial cresceu 15,1 por cento em junho sobre igual mês do ano passado, taxa mais forte desde maio de 2010, acelerando ante a leitura de 13,3 por cento de maio e superando a previsão do mercado de 13,1 por cento.

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Os dados enfatizam a resistência da economia, graças à rápida urbanização.

"Os dados ajudam a dissipar os temores de um colapso econômico na China", disse George Worthington, economista do IFR, unidade da Thomson Reuters.

A formação bruta de capital fixo --uma medida do investimento-- cresceu 25,6 por cento nos seis primeiros meses do ano, enquanto as vendas no varejo subiram 16,8 por cento, mostrando que a demanda doméstica segue bem apesar do aperto monetário.