O crescimento anual da China acelerou para 11,3% no segundo trimestre, informou o governo nesta terça-feira. O crescimento do Produto Interno Bruto aumentou na comparação com os 10,3% registrados no primeiro trimestre de 2006, graças aos maiores investimentos e à produção industrial, informou o Escritório Nacional de Estatísticas.
O dado anunciado difere do crescimento de 10,9% antecipado pelo jornal estatal "Securities Times", semana passada. Economistas ouvidos pela agência Reuters, antes do vazamento para o jornal, afirmaram esperar um crescimento anualizado do PIB de 10,5%.
Mas Zheng Jinping, porta-voz do escritório de estatísticas, disse que os esforços do governo para esfriar a economia estavam em suspenso e que os idealizadores da política do país observarão os próximos desdobramentos antes de tomar novas medidas.
- Há uma demora de tempo para que essas medidas tenham impacto no desempenho econômico. Então precisamos de tempo para ver o impacto delas. Mas os números de junho mostram que as medidas já começaram a surtir efeito - disse Zheng em entrevista coletiva, em Pequim.
O sólido crescimento do segundo trimestre, que vem depois de um dado de junho mostrando superávit comercial recorde de US$ 14,5 bilhões, vai fortalecer a posição dos que defendem novas medidas restritivas para esfriar a economia.
Em abril, o banco central chinês elevou as taxas de juros, ordenou aos bancos que reduzam os empréstimos a setores superaquecidos e depois determinou que eles mantivessem mais depósitos em suas reservas em vez de emprestar esses recursos.
Mas Pequim tem se recusado a permitir uma valorização maior do iuan, uma medida que economistas acreditam que ajudaria a diminuir o fluxo de recursos para a China, ao deixar as exportações mais caras e as importações mais baratas.