Segundo governo chinês, app seria usado para disseminar "informações prejudiciais negativas ou ilegais ao público".| Foto: Divulgação.

As autoridades chinesas prenderam uma pessoa pela primeira vez por disseminar pânico pelo aplicativo de mensagens WeChat, disse a mídia estatal nesta sexta-feira (08), horas após a China impor novas regras sobre ferramentas de mensagens instantâneas.

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A medida faz parte da campanha mais ampla do governo para reprimir a disseminação de rumores e materiais obscenos na internet e também para conter comentários políticos da mídia que não foram aprovados pelo Estado.

O homem foi detido na quinta-feira (07) após escrever no WeChat que três pessoas carregando explosivos haviam sido mortas a tiros pela polícia do lado de fora de um hospital na província de Jiangsu, disse um jornal subsidiário da agência oficial de notícias Xinhua.

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A política investigou a informação e descobriu que não era verdadeira, disse a agência estatal, acrescentando que o homem confessou que espalhou a informação para tentar ganhar atenção e dar um impulso ao seu negócio de comércio eletrônico.

Não ficaram claras quais sanções ele pode sofrer.

Regulação

O WeChat é um aplicativo de mensagens móveis imensamente popular da Tencent Holdings, que já teve dezenas de contas de colunistas muito lidas fechadas nos últimos meses como parte da repressão do governo à internet.

Na quinta-feira, a China impôs novas regulações sobre provedores de serviços de mensagens instantâneas e contas que podem enviar mensagens em massa ao seus seguidores, normalmente usados por companhias e pela mídia.

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As novas regras exigem que contas públicas que desejam publicar ou republicar notícias políticas busquem aprovação prévia.

O WeChat era visto pelos usuários como um refúgio relativamente seguro contra a censura do governo comparado com outras plataformas mais públicas, como microblogs similares ao Twitter, incluindo Weibo.

Ao contrário do Weibo, o WeChat é usado principalmente para enviar mensagens a outros indivíduos ou pequenos grupos, em vez de grandes audiências.

Mas a ascensão do WeChat, que tinha cerca de 400 milhões de usuários ativos mensais no fim de março, atraiu a atenção do governo, e com isso uma maior regulamentação.

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