A China tentou na sexta-feira atenuar a ameaça do Google de que poderia deixar o país devido a preocupações quanto a hackers e censura, afirmando que qualquer decisão do gigante das buscas não afetará seus elos comerciais com os Estados Unidos.

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Os EUA afirmaram que é cedo para dizer de que maneira as relações comerciais poderiam ser afetadas, mas acrescentaram que o livre intercâmbio de informações é crucial para a economia chinesa em seu amadurecimento.

Um porta-voz do Ministério do Comércio chinês disse que há muitos meios de resolver a questão do Google, mas reiterou que todas as empresas estrangeiras, entre as quais o Google, devem respeitar as leis chinesas.

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"Qualquer decisão tomada pelo Google não afetará as relações econômicas e comerciais entre China e EUA, já que as duas partes têm muitas formas de se comunicar e negociar uma com a outra", declarou o porta-voz Yao Jian em pronunciamento regular em Pequim.

"Estamos confiantes quanto ao desenvolvimento de elos comerciais e econômicos saudáveis com os Estados Unidos", acrescentou.

A questão pode se tornar um novo fator de irritação no relacionamento entre a China e os Estados Unidos, já desgastado pelas discussões sobre a taxa de câmbio chinesa, o protecionismo comercial e as vendas de armas norte-americanas a Taiwan.

Os EUA expressaram apoio à decisão do Google de não mais permitir a censura chinesa à buscas de Internet, e tocaram no assunto em nível diplomático.

"Parece-me que os princípios que o Google está tentando defender são importantes não apenas em termos morais ou de direitos, mas também economicamente, e de forma considerável", afirmou Lawrence Summers, assessor econômico sênior da Casa Branca.

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"Creio que seja cedo demais para avaliar que efeitos totais isso terá", acrescentou ele, quando perguntado se a disputa seria um ponto de inflexão no relacionamento econômico entre China e Estados Unidos.

Washington há muito se preocupa com o programa de ciberespionagem de Pequim. Um comitê consultivo do Congresso norte-americano disse em novembro que o governo chinês parecia estar envolvido em número cada vez maior de invasões de computadores dos EUA, em busca de informações úteis às suas forças armadas.