As cotas de exportação de terras raras da China para 2011 não terão corte significativo em relação aos níveis atuais, afirmou um vice-ministro sênior de Comércio do país nesta segunda-feira, reforçando esforços de Pequim para acalmar companhias estrangeiras e governos preocupados com a oferta.
Chen Jian fez os comentários em uma entrevista a jornalistas após semanas de agitação internacional sobre a possibilidade da China poder restringir as exportações sobre 97% da produção mundial de terras raras, que produzem metais escassos usados em muitos dispositivos de alta tecnologia.
A fala de Chen foi feita depois que Vietnã e Japão, grande consumidor do produto da China, concordaram em reunião em Hanoi, no domingo, em fazer parceria para produção dos minerais no Vietnã.
Japão e outros países, incluindo os Estados Unidos, afirmam que estão buscando diversificar o acesso a terras raras para além da China, após indicações de que as exportações chinesas seriam interrompidas.
Pequim afirmou repetidamente que está dentro de seus direitos o controle de exportações e que seus clientes internacionais não deveriam ficar alarmados.
"Não creio que haverá um grande corte nas cotas de exportação", disse Chen, quando perguntado se a China reduziria as exportações no próximo ano.
"A China tem um sistema de gerência, a China não tem embargos", disse ele. "Mas isso não significa que você pode comprar livremente, haverá um sistema de cotas, o sistema de cotas é uma forma de administração."
Este ano, Pequim cortou as cotas de exportação em cerca de 40% em relação aos níveis de 2009, afirmando que precisa proteger suas reservas de exploração desenfreada. O país produziu cerca de 120 mil toneladas de terras raras em 2008.
A China detém cerca de um terço de reservas conhecidas e exploráveis de terras raras, mas tem receio de que esses depósitos se esgotem em décadas se mantidos os atuais níveis de produção.