A China e a Coreia do Sul rejeitaram neste domingo pedidos do Japão para que restrições a importações de alimentos e outros produtos japoneses fossem mais "razoáveis", mostrando a dificuldade que o governo japonês enfrentará para restaurar linhas de comércio após casos de contaminação por radiação devido ao desastre nuclear que se seguiu ao terremoto no país.

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Os ministros do comércio exterior da China e da Coreia do Sul também disseram a seus pares japoneses que eles esperam que o Japão possa rapidamente recuperar sua cadeia de suprimentos, reduzida depois do desastre do mês passado e que pode afetar setores da economia global que dependem de partes produzidas no país.

"Pedi à China e à Coreia do Sul que se assegurem que haja uma base científica para as restrições a importações," disse o ministro do comércio exterior japonês Banri Kaieda a repórteres depois de uma reunião de cúpula.

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"A resposta da Coréia do Sul foi de que eles precisam dar importância à segurança da população. A China também destacou a importância dos produtos alimentícios."

Kaieda encontrou-se com o ministro do Comércio Exterior chinês Chen Deming e o ministro do comércio exterior sul-coreano Kim Jong-hoon num momento em que o Japão lida com sua pior crise desde a Segunda Guerra.

Um terremoto de 9 pontos na escala Richter e um maremoto de mais de 10 metros assolaram a costa nordeste do país no dia 11 de março, deixando quase 28 mil mortos ou desaparecidos e causando um vazamento de radiação numa das usinas nucleares.

O governo estima que somente os danos materiais podem somar mais de US$ 300 bilhões, tornando-o de longe o desastre natural mais caro da história.

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